quinta-feira, 27 de setembro de 2012

COISAS QUE EU DETESTO - Prosélitos religiosos



Não acredito em Deus nem percebo como é que alguém pode acreditar. Mas respeito quem acredita, tem fé, segue uma qualquer religião e não tento convencer nenhuma dessas pessoas de que estão erradas porque Deus não existe, apesar de ter a certeza de que Deus é uma invenção delas. Por isso DETESTO prosélitos religiosos. Hoje estava na Alameda à espera de um autocarro e fui abordada por uma senhora que queria dar-me um jornal. Já anteriormente me tinham dado um jornal naquele local, que eu aceitei porque ia em andamento e porque pensei que era um jornal normal, com notícias de actualidade, dos vários gratuitos que são distribuídos na cidade. Mas quando comecei a lê-lo percebi que era um jornal-prosélito da Igreja Universal do Reino de Deus que tem a sua igreja-sede ali mesmo, no edifício do antigo cinema Império. Por isso desta vez desconfiei e, em vez de aceitar o jornal, perguntei à senhora “Que jornal é esse? É da IURD?”. A senhora confirmou e eu disse “Não quero, obrigada.”. E ela “O que é que tem contra a IURD?”, respondi “Nada de especial. Não sou religiosa de nenhuma religião nem quero ser, é só isso.” Ela aproveitou para levar mais longe o seu proselitismo “Sabe que Deus é paz e que o mundo está assim por as pessoas não praticarem nenhuma religião. Concorda comigo, não concorda?”, obviamente que a minha resposta foi “Não. Não concordo mesmo nada, discordo em absoluto. Eu sou boa pessoa, não faço mal a ninguém, sou uma pessoa de paz e não sou religiosa. E conheço mais imensas pessoas como eu”. E ela, insistente “Mas Deus não é uma religião, Deus é Deus.”. Respondi “Eu não acredito em Deus.”, aí a mulher  perdeu a compostura “Ai não acredita???? Pois vai ver se não chama por ele quando tudo desabar!!!” e eu (apesar de não saber o que era o “tudo” que ia “desabar”) respondi-lhe “Se isso acontecer, quando acontecer, logo se vê, é problema meu!”.  Ela já estava vermelha de frustração e fez a última tentativa de me converter, estendeu-me o jornal, “Mas fique com o jornal na mesma.”, e eu pus ponto final na conversa “Não, não fico. Já lhe disse que não quero o jornal!”. Foi embora furibunda, quase que eu via fumo a sair-lhe das orelhas (pelos vistos acreditar em Deus e praticar uma religião não faz com que ela seja assim tanto de paz, ou teria ficado tranquila com a minha recusa).

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