sábado, 30 de novembro de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - XIII

Título de notícia no SAPO-notícias sobre o avião da LAM que se despenhou na Namíbia:

«Moçambique/LAM: Queda fez desaparecer avião do radar - relatório preliminar»


Obviamente que se o avião caiu... desapareceu do radar, não era preciso nenhum relatório para chegar a essa conclusão. O que na realidade diz o relatório, como, aliás, está escrito no próprio corpo da notícia, é que o avião caiu vertiginosamente até desaparecer do radar.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - XII



CMTV, noticiários de ontem à noite e de hoje, notícia sobre o sequestro num restaurante em Pinhal Novo:

Em todas as notícias dizem que o GNR que foi morto neste sequestro era natural "da pequena aldeia de Vila Nova de Santo André". Vila Nova de Santo André é uma cidade, a pequena aldeia "Santo André", que faz parte da  freguesia, chama-se mesmo "aldeia",  Aldeia de Santo André e não é a única aldeia da freguesia de Vila Nova de Santo André. Se a CMTV dissesse "duma pequena aldeia de VNSAndré", embora isso correspondesse a várias hipóteses, ...estava tudo certo, mas "da pequena aldeia de VNSA"...

E transmitem uma reportagem em que entrevistam o dono do restaurante que afirma que a granada que explodiu na rua, à porta do restaurante, foi lançada para a rua por ele próprio depois de em luta com o sequestrador  lha ter retirado  das mãos já despoletada.

A seguir à emissão desta reportagem o locutor do noticiário informa que foi o sequestrador que lançou a granada para a rua.

Está visto que o rigor dos jornalistas da CMTV é tão grande que, além de trocarem os nomes das terras, confundindo uma freguesia com uma das suas localidades, nem sequer às suas próprias reportagens prestam atenção...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

COISAS QUE EU DETESTO - Desculpas esfarrapadas

Fui comprar cigarros, repito CIGARROS, a um café de bairro onde vou algumas vezes e onde já várias vezes comprei cigarros, repito CIGARROS. Não havia a marca que costumo comprar e o stock estava mesmo em baixo, não havia praticamente nada. Entre o quase nada estavam uns maços, iguaizinhos aos maços de cigarros, com uma marca qualquer esquisita e minha desconhecida. Perguntei à senhora do café quanto custavam "aqueles CIGARROS" e tinham um preço baratézimo. Julguei que era uma nova marca de cigarros em campanha promocional de lançamento (que agora é "moda") e pedi-lhe um maço. Ela deu-mo e, por sorte, resolvi ler o maço antes de o abrir. E descobri que não eram cigarros mas sim cigarrilhas (ou seja, "mata-ratos" ou não seriam daquele preço nem mesmo em campanha promocional). Disse à senhora "Isto não são cigarros são cigarrilhas, eu fumo cigarros, não fumo cigarrilhas.", resposta dela, toda pespineta "Eu não fumo, não sei nada disso.". A minha vontade foi mandá-la para um sítio começado por c. Ou, pelo menos, dizer-lhe que se não sabia nada dum produto que tinha à venda era uma grandessíssima incompetente, ou que se não fuma e isso a impede de ter conhecimentos sobre produtos de tabaco o melhor era não ter produtos de tabaco à venda. Não disse nada, fiquei-me por pensar, mas certo e seguro que nunca mais lá compro cigarros nem que tenha de  ir mais longe enfrentando uma tempestade, ou que tenha de ficar sem cigarros, como, aliás, já não comprei hoje, apesar de no stock diminuto ainda existirem mais umas duas ou três marcas. Porque esta gente tem comércios que dependem dos clientes mas deve achar que os clientes é que dependem da loja, que faz um grande favor aos clientes por ter a loja aberta. O que é que interessa se ela fuma ou não fuma, se bebe ou não bebe bebidas alcoólicas, se come  ou  não come chocolate, se consome ou não consome seja lá o que fôr que tem à venda no estaminé?!?!?! Se tem os produtos à venda  tem de ter um mínimo de conhecimento sobre eles quer os consuma ela própria quer não, e não pode dar cigarrilhas a quem lhe pede cigarros e, muito menos, pode responder que o fez porque não fuma e não percebe nada disso sem sequer pedir  desculpa pelo erro causado pela sua ignorância.

domingo, 17 de novembro de 2013

DE PASSAGEM - Pode?

Hoje ouvi uma conversa, na rua, entre uma velhota aí dos seus 70 e muitos e outra mulher de uns 40's que a acompanhava. A velhota dizia que continuava a ter muitas saudades e pena do seu cãozinho e que todos os dias se lembrava dele. Quando ouvi isso pensei que o cãozinho tivesse morrido atropelado ou algo no género. Mas depois, pela continuação da conversa, percebi que o animal tinha sido morto à pancada pelo marido da senhora e que ela o tinha desculpado porque ele pedira desculpa e lhe oferecera uma cadelinha. PODE??? Coitada da cadela, o mais certo é também ser morta à pancada um dia qualquer. Como é possível a senhora desculpar o marido em vez de correr com ele de vez para bem longe??? Ou fugir ela para bem longe dele???? É que alguém que mata um cão à pancada também não deve ter o menor problema em matar uma pessoa da mesma maneira. Ou seja a senhora está em risco tal como a cadela. Estas pessoas que aguentam o convívio diário com um agressor têm um grave problema elas próprias e deviam procurar um psi qualquer para o resolverem e conseguirem libertar-se do agressor.

sábado, 16 de novembro de 2013

HISTÓRIAS ANTIGAS - O distraído




Pelos meus 19 anos tive um namorado, da mesma idade, que era músico e que fazia jus ao estereótipo do artista “aéreo”, distraído. As histórias que se seguem, que lembrei recentemente por causa duma conversa com um amigo, foram protagonizadas por ele e ainda hoje me fazem rir.



Eu estava em casa do meu namorado e ia lá jantar. Ele era o “patriarca” da família, vivia com a mãe, a irmã e a avó e nunca fazia nadica de nada  em casa, mas nesse dia, dada a minha presença e instado por todo o mulherio da família, foi ele quem pôs a mesa. O menu era carne assada com puré de batata. Servi-me eu, com a primazia de visita, serviu-se a avó, serviu-se a mãe, serviu-se a irmã  e ficámos todas à espera que ele se servisse para começarmos a comer. Ele serviu-se com mil cuidados, umas colheres de puré fazendo um monte no meio do qual abriu uma cova, umas fatias de carne, e umas generosas colheradas do molho da carne que despejou na cova do monte de puré. Nesse momento todos observámos com estranheza o molho castanho a alastrar pela toalha fazendo uma nódoa gigante à volta do prato. Foi então que percebemos que não havia prato e que ele se tinha servido com mil cuidados para a toalha à sua frente. Os pratos usados lá em casa eram de vidro transparente e liso e ele esquecera-se de colocar prato no lugar dele e, com a sua “cabeça no ar”, conseguira servir-se sem reparar que estava a colocar a comida na toalha e não no prato. E fê-lo com tal naturalidade e convicção que também nenhuma de nós reparou que ele não tinha prato. Apesar da porcaria que o incidente causou e de termos sido obrigados a levantar e voltar a pôr a mesa antes de começarmos a jantar o absurdo da situação foi tão cómico que só deu para rir.





Uma tarde, depois do almoço, eu e o  meu namorado, ligeiramente “mocados” com um charrito que tinhamos fumado pelo caminho, entrámos no café para tomar a bica. O café estava completamente cheio com montes de pessoas em cada mesa, mas na mesa mais ao fundo, num cantinho, sózinho com os seus livros e papelada, a estudar, estava o namorado da irmã dele, um super atinadinho e arrumadinho aluno de direito e militante da UEC. Fomos perguntar se podíamos sentar-nos lá para tomar o café. Ele ficou um bocado incomodado mas a nossa relação com ele era cordial e, portanto, aguentou-nos, afastando a papelada para nos dar espaço, embora com um sorriso um bocado amarelo. Pedimos os cafés e copos de água e, assim que o empregado os colocou na mesa, o meu namorado em um, dois, três, deu um piparote num dos copos de água que tombou encharcando a papelada e os livros do arrumadinho. Como não bastasse, com a atrapalhação de remediar a asneira e na tentativa de salvar a papelada do banho, levantou-se de rompante deixando cair o cigarro aceso que tinha na mão para dentro da pasta do arrumadinho que estava, aberta, no chão ao lado da mesa. Nesta altura dos acontecimentos eu, que estava a tentar controlar o riso para não irritar (mais) o arrumadinho, explodi em gargalhadas, num ataque de riso incontrolável, pondo toda a gente a olhar para nós e a rir contagiada pelo meu riso. O meu namorado, que também já não conseguia controlar o riso, lá conseguiu apanhar o cigarro antes de causar um incêndio a seguir à inundação. E o coitado do arrumadinho, cujo sorriso cordial passara de amarelo a verde no meio da gargalhada geral que estrondeava por todo o café, arrumou tudo dentro da pasta e fechou a dita cuja ficando à espera que nós bebêssemos os cafés e fôssemos embora para retomar a sessão de estudo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A MINHA RUA É UM FARWEST - Briga brava

Uma gritaria gigantesca na rua, várias vozes alteradas falando sem parar das quais se destaca uma voz de mulher que é a que mais grita e mais fala. (Não, não é a vizinha borrachona, as vozes são muito mais agudas do que a dela e quando fui à janela tentar perceber qual era a "maca" vi-a na varanda). A "maca" é na esquina da rua à porta dum café onde nunca entrei porque nunca gostei da "pinta" do dito. Mas as árvores impedem-me de ver exactamente o que se passa. E também não consigo perceber nada das palavras que são ditas à excepção de um ou outro palavrão de alto calibre que se destaca de vez em quando. No entanto deu para ver que estão 4 carros de polícia a (tentar) controlar a confusão, duas carrinhas da Polícia Municipal e um carro e uma carrinha da PSP, ou seja acho que já devem estar lá mais polícias do que beligerantes mas, pelos vistos, não estão a conseguir acabar com a briga pois a gritaria continua.Suspeito que isto só vai acabar com uns tantos a serem detidos quando a polícia perder a paciência.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - XI

Notícia no e-Correio da Manhã sobre a morte do editor discográfico Rui Valentim de Carvalho:

«David Ferreira, sobrinho de Rui Valentim de Carvalho, destacou a "pessoa muito generosa" e o "homem de visão" que, com sua mulher, Maria da Graça, "tornou a Valentim de Carvalho [VC]", fundada pelo seu irmão, em 1914, "na grande empresa de referência".»

Maria da Graça era irmã de Rui Valentim de Carvalho e não mulher, e Valentim de Carvalho, fundador da empresa, não era seu irmão mas sim seu tio. A notícia não só troca as relações familiares como está redigida de uma forma que parece que foi David Ferreira que afirmou que Maria da Graça era mulher de RVC e VC seu irmão o que é, obviamente, impossível pois enquanto familiar próximo sabe perfeitamente quais os graus de parentesco entre eles.

Mas não é preciso ser familiar  nem sequer próximo para se saber qual o grau de parentesco entre eles, existe uma biografia de VC ("Sons de Lisboa" da autoria de José Sarmento de Matos) que o jornalista (jornalista????) já que queria colocar tantos pormenores na notícia podia - e devia - ter consultado antes de a redigir.

O e-Sol também repete a bacorada. 

Noutros média não aparece esta troca de relações familiares. Portanto presumo que isto foi uma invenção de um jornalista (jornalista?!?!?) do CM e o SOL copiou a notícia, ou vice-versa.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

COISAS DE QUE EU GOSTO - Gradeamentos de varanda

Bom... não gosto de todos (os gradeamentos de varanda) mas gosto de alguns. Os que se seguem em fotos são dum conjunto de prédios que ocupam um quarteirão inteiro do Bairro chamado "dos Actores" (em Lisboa). Não sei de que côr eram originalmente. Actualmente há várias versões de colorido sendo que a que tem os pormenores a branco e o resto a escuro, embora eu duvide que fosse a original e também não a ache especialmente bonita, é sem dúvida aquela que permite ver melhor os ditos pormenores. Fora deste quarteirão os prédios do bairro não têm estes gradeamentos nas varandas. E não sei se  corresponde a algum estilo arquitectónico?!?!? Dada a data em que aquela zona foi urbanizada e as figuras utilizadas (incluindo as esferas tipo "armilar" no remate de todos os gradeamentos), deve ser "estilo estado novo".