terça-feira, 26 de julho de 2016

PODE??? - Bacoradas nos média XXV



Ligo a TV, pelas 8H00, e faço um zapping pelos canais que estão a transmitir notícias. Na CMTV, que noticia sempre – à exaustão - todas as desgraças que acontecem nos quatro cantos de Portugal e do Mundo, imagens de uma auto-estrada com uma carrinha de passageiros despistada e carros de bombeiros e ambulâncias, e em rodapé “Acidente Valongo, dois feridos graves”,  o locutor diz que foi o despiste de uma carrinha de nove lugares do qual resultaram dois feridos graves encarcerados e 3 ou 4 feridos ligeiros. Entretanto a repórter no local chega à fala com o comandante da corporação de bombeiros que está a prestar socorro à carrinha acidentada. Este diz que a carrinha apenas transportava duas pessoas que ficaram encarceradas mas que são feridos ligeiros. O rodapé continua a indicar “Dois feridos graves”.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

COISAS QUE EU DETESTO - Histeria futebolística




É permitido andar a buzinar ininterruptamente só porque sim e ainda por cima durante a noite? Sim, se houver uma vitória futebolística para festejar.
É permitido andar de automóvel sentado nas janelas com o corpo todo de fora? Sim, se houver uma vitória futebolística para festejar.
É permitido andar a gritar, tocar apitos e cornetas pelas ruas durante a noite? Sim, se houver uma vitória futebolística para festejar.
Percebo que se fique contente com uma vitória futebolística, eu própria fico quando essa vitória é da selecção, mas não percebo que esse contentamento seja estratosférico e seja festejado com esta histeria, uma barulheira infernal sem qualquer respeito por quem quer e precisa dormir, nem percebo que as autoridades permitam todas as infrações à lei que são cometidas. Sempre achei, e continuo a achar, que quem quer festejar vitórias futebolísticas histericamente, fazendo imenso ruído, devia ser obrigado a fazê-lo dentro dos estádios, dos clubes respectivos, ou do nacional e nos de todos os clubes quando é uma vitória da selecção.  Tudo bem que se vá para a rua aplaudir a passagem duma equipa ganhadora. Mas é só. Tudo o resto que os fãs histéricos de futebol fazem nas ruas para manifestar a sua alegria acho muito, muito, muito mal.
O futebol, que muito mais do que um desporto é uma indústria milionária para todos os envolvidos, manipula essas pessoas, fá-las esquecer problemas, sentir vitórias como se fossem suas, sentir que pertencem a um grupo,enfim, sentir imensas coisas boas mas também momentosas e falsas, e essas pessoas nem sequer percebem a manipulação. Do meu ponto de vista é triste e lamentável. Mas neste assunto, como em muitos outros, ... eu sou ET.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

BANALIDADES - Cenaça no supermercado

Entrei para comprar manteiga e estava tudo tranquilo. Enquanto estive a escolher uma manteiga, algum tempo porque não havia a que costumo comprar, no balcão refrigerado mais ou menos a meio do supermercado, ouvi - e depois olhei e vi  junto às caixas - um jovem a perguntar "Quer que eu chame a polícia?". O supermercado estava a receber mercadoria pelo que havia muitos funcionários, do espaço e do fornecimento, em circulação e pensei que aquilo era apenas uma brincadeira entre eles. Mas quando me dirigi à caixa percebi que não era uma brincadeira entre colegas mas sim uma confusão entre uns clientes, mãe de uns 50 anos e filho duns 20's, e uma funcionária do supermercado. A mulher, cliente, berrava estupidamente fazendo ameaças à funcionária "Ainda hoje a ponho na televisão!", "Sabe onde eu trabalho? Trabalho na DECO!", "A senhora foi mal-educada com o meu filho!". A funcionária não respondia nada. Entretanto outro rapaz que estava na fila para pagar meteu-se e disse à cliente para se acalmar porque mesmo que tivesse toda a razão não tinha de estar a gritar daquela maneira. Ela desatou a gritar também com ele "Cale-se! Não tem nada que se estar a meter, não sabe o que se passou! E sabe onde eu trabalho? Trabalho na DECO!", o rapaz respondeu-lhe "Não sei o que se passou mas sei que a senhora não tem nada que estar a falar dessa maneira lá porque trabalha na DECO não é mais do que eu ou do que a senhora funcionária do supermercado com quem está a gritar!" Entretanto o filho ligou para a polícia e pediu para irem lá porque "os funcionários do supermercado" estavam "a tratar mal" a ele e à mãe, "só falta baterem-nos". Quando paguei a minha manteiga perguntei à funcionária da caixa o que se estava a passar mas a rapariga estava tão "a leste" quanto eu, ainda não tinha percebido a origem daquela confusão. Entretanto eu saí e a mãe "eu trabalho na DECO" e o filho sairam também e ficaram lá plantados à porta, à espera da polícia, suponho. Fui a outro sítio ali perto e acho que não foi polícia algum ao supermercado, a menos que se deslocassem a pé, o que duvido, teriam de ir pelo local onde eu estava e não foram. Voltei a passar em frente ao supermercado, a caminho de casa, cerca de meia-hora depois. A mãe "eu trabalho na DECO" e o filho estavam numa das caixas, com um funcionário do supermercado, a preencher o livro de reclamações e não havia polícia algum. Imagino que ela fez aquela gritaria toda e chamou a polícia em vez de pedir o livro de reclamações e que foi a polícia que ligou para o filho dela, ou para o supermercado, a dizer que resolvessem o assunto com o livro de reclamações. E também imagino que o trabalho dela na DECO deve ser nas limpezas, ou teria logo começado por pedir o livro de reclamações em vez de fazer a peixeirada que fez e chamar a polícia.