sábado, 14 de fevereiro de 2015

BANALIDADES - Bate-boca de vizinhos



Há um novo vizinho aqui no prédio desde há cerca de meio ano. É um homem dos seus 60 e picos anos (pelo menos é o que aparenta) e muito simpático, para meu gosto simpático demais, ou seja, ao contrário de mim, que sou uma simpática natural, ele tem um comportamento de quem se esforça imenso para ser cordial e simpático como, por exemplo, cumprimentar sempre os vizinhos com quem se cruza com apertos de mão. À parte isso, que é uma coisa que me é desagradável, prefiro gente assumidamente antipática a simpáticos forçados, não tenho nenhuma queixa do homem. Mas agora mesmo ouvi uma discussão nas escadas entre ele e a vizinha da casa que fica por cima da dele. Alta discussão, em tom de termos e em tom de voz. Ao que percebi – a discussão era em voz tão alta que eu ouvi praticamente tudo, palavra por palavra, aqui dentro da minha casa, onde estou, sentada na sala – ele telefonou para casa dela ontem à noite a desatinar por causa de barulho, segundo ela dizia a fazer ameaças. E ela dizia também que o barulho não era da casa dela. Quanto às ameaças, não faço ideia, ele não a desmentiu no bate-boca que eu ouvi, só se justificou dizendo que foi a forma que teve de se defender, e quanto ao barulho de ontem à noite também ignoro, eu não ouvi nada porque as casas deles ficam no local do prédio oposto ao da minha casa pelo que para eu ouvir era preciso mesmo ser uma barulheira infernal. Mas uma coisa eu sei, a única casa deste prédio de onde eu já ouvi música aos berros é precisamente a casa da dita senhora, em horários diurnos, é facto, mas aos berros mesmo, a tal barulheira tão infernal que eu a ouvi perfeitamente dentro da minha casa que, como já referi, fica no ponto oposto do prédio. Não é a senhora, é o filho dela que tem uns vinte e tais anos. E na discussão que agora ouvi o vizinho dizia isso mesmo, que era o filho dela que estava a ouvir música alto à 1 e meia da manhã. Ou seja, independentemente do vizinho ter reclamado da barulheira de uma forma incorrecta e dela ter razão nessa parte, não me parece que tenha razão ao dizer que o barulho não era na casa dela. Entretanto fizeram os dois uma barulheira para o prédio inteiro ao discutirem o assunto exaltadamente nas escadas. Eu devia ter ido às escadas dizer-lhes que me estavam a incomodar... eh! eh!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

DE PASSAGEM - Propósito ou incompetência?!?!



De vez em quando compro uma raspadinha de 1 euro. Nunca me saiu nenhum bom prémio mas vão saindo, bastas vezes, 1 euro, 2 euros, 5 euros, 10 euros, e algumas vezes 15 ou 20 euros, vai pagando o gasto e ainda fica saldo positivo. De todas as raspadinhas de 1 euro à venda em cada momento eu sempre escolho uma e, enquanto existe, sempre que compro é uma dessas. Desde que, há uns meses atrás, saiu uma que é um trevo verde e que se chama “trevo da sorte” é essa que eu compro. E quase sempre o vendedor me dá uma que tem o desenho de vários pequenos trevos verdes, que se chama “grande sorte” e que custa 2 euros. Mas o pior não é essa troca, é a reacção quando eu digo – e digo sempre – que não é aquela a raspadinha que eu quero. Invariavelmente o(a) vendedor(a) responde-me num tom chateado «Mas foi essa que a senhora pediu!» e só quando eu digo «Não, não foi. O que eu pedi foi uma ‘trevo da sorte’, esta chama-se ‘grande sorte’» é que pedem desculpa pelo erro deles. Isto acontece em sítios diversos com diversas pessoas e com uma tal frequência (diria mesmo que 99,9% das vezes em que eu compro a dita raspadinha) que me indago se é uma troca propositada a tentar que eu compre uma raspadinha de 2 euros em vez de de 1 euro??? Ou é mesmo distracção, incompetência, burrice??? O que mais me intriga é a reacção chateada “Mas foi essa que a senhora pediu!” quando eu digo que não é aquela que eu quero e quando, de facto, não foi aquela que eu pedi.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

PODE??? - Bacoradas nos média - XX

Nos últimos dias tem sido "soma e segue". Quatro que retive:

No jornal Expresso:" indeminizações" (deve ser grafia de um novo acordo ortográfico especial do Expresso).

Nas TV's: 

- queda de avioneta em "Algueirão, Azambuja". (Algueirão é Sintra, a avioneta caiu em Alqueidão);

- manifestação dos professores do ensino artístico, tocando e cantando o "Acordai" com direcção do maestro António Vitorino de Almeida, em frente ao Ministério da Educação na Av. 5 de Outubro.  Diz a repórter: "Vão agora começar a cantar em frente à Assembleia da República."

- ruiu fachada de prédio em Lisboa na "avenida Joaquim António Augusto de Aguiar" (que se confunda a rua Joaquim António de Aguiar com a avenida António Augusto de Aguiar... enfim... fica mal a um jornalista mas enfim, são próximas e os nomes são parecidos, mas que se invente uma nova rua com o os nomes das duas misturados já é bacorada a mais).