domingo, 28 de abril de 2013

PODE???? - Um país



Um país onde:

O governo anunciou nos últimos dias a decisão de investir na economia – que anda a destruir meticulosamente desde que tomou posse com as “palas de burro” que só o deixam ver o caminho da austeridade, em subserviência absoluta aos mercados, à “troika”, à alta finança – criando uma linha de crédito de não sei quantos milhões para as PME’s e alterando a tabela de IRC. Para que é que isto serve? Se as PME’s estiverem interessadas em investir é para produzir mais. E só lhes interessa produzir mais se esse produzir mais resultar em vender mais. Se as medidas de investimento na economia forem apenas estas (e foram as únicas anunciadas) ...a quem é que vão vender o que produzirem? Aos desempregados com subsídios reduzidos ou sem subsídio? Aos funcionários públicos e reformados com ordenados e pensões reduzidos? Aos trabalhadores do sector privado com os rendimentos reduzidos por impostos altíssimos? As únicas PME’s que podem utilizar este “investimento na economia” que o governo decidiu fazer são as exportadoras, uma ínfima parte das PME’s. Porque as outras vão investir para quê? Para guardar em armazéns???

O governo, que não quer nem ouvir falar de renegociar a dívida do país com a ‘troika’ porque afirma que uma dívida é para ser honrada e tem de se pagar custe o que custar, veio nos últimos dias fazer um escândalo com as dívidas de várias empresas públicas à banca causadas por contratos “swaps” (“swaps”  são, vulgarmente, contratos de cobertura de risco financeiro indexados ao preço de uma taxa de juro como a Euribor, mas os “swaps” em causa são «(....)produtos derivados mais complexos, em vez de estarem associados apenas ao preço de um activo financeiro (como as taxas de juro), estão indexados a vários activos (como índices bolsistas, de bancos ou empresas, ou de matérias-primas, como o petróleo ou ouro).» [dixit Tânia Ferreira no e-Sol de 26.04.2013.]), demitindo secretários de estado que na época de assinatura dos ditos contratos eram responsáveis dessas empresas públicas, renegociando os contratos com os bancos e afirmando que vai levar para tribunal os bancos que se recusaram a renegociar. Afinal em que é que ficamos? As dívidas são para ser honradas e pagas custe o que custar? Ou não?

Os secretários de estado, do partido do governo, que ora foram demitidos por serem responsáveis das empresas públicas quando foram contratados os ‘swaps’, eram responsáveis dessas empresas (e dos ‘swaps’) quando o partido no governo era o maior partido que agora está na oposição. A rotação entre o governo e os “tachos” nas empresas públicas do pessoal dos dois maiores partidos está bem patente nesta situação.

O presidente da república no discurso que fez, num país estrangeiro, na inauguração de uma feira do livro mundialmente reconhecida e onde o seu país é este ano o convidado de honra, não mencionou o escritor que é o único prémio Nobel da literatura do país e do qual seria lançado um livro na dita feira.  Porque, é sabido, esse escritor era também um comunista e o Presidente da República não gostava dele. O escritor foi mencionado no discurso do presidente da república do país anfitrião da feira.

Pode??? Pode! É Portugal 2013.

sábado, 27 de abril de 2013

A MINHA RUA É UM 'FARWEST' - Muitos "grãos na asa"



Eu mudei de casa, de rua, e até de zona. Mas o ‘farwest’ continua (quase) igual. (Começo a achar que escolhi mal o título, devia ser «Lisboa é um 'farwest'»).
Quatro da tarde. Como é sábado o trânsito é pouco e tudo estava sossegado. De repente começo a ouvir uns altos berros que nem dava para perceber se eram um chamamento, um lamento, uma brincadeira, ou o quê. Como os berros não paravam acabei por ir à janela. Na rua um casal que mora num dos prédios aqui em frente. Ela com a mão direita levantada e embrulhada num pano da loiça cheio de sangue, aos berros e a dar pontapés nele. Ambos notoriamente com  grandessíssimas bebedeiras. Outro casal, também morador no dito prédio, e em estado normal de sobriedade, tentava acalmá-los. Chegou uma ambulância do INEM e esse casal, que aparentemente se deparara com a situação do casal vizinho ao sair do prédio, seguiu caminho rua fora. A fulana do casal de bêbedos entrou na ambulância recusando que o seu parceiro de bebedeira (e de vida, suponho) entrasse também. Passado um bocado os INEM’s abriram a porta da ambulância para dizer ao homem que iam para Santa Maria. Foi uma trabalheira para se livrarem dele e conseguirem voltar a fechar a porta da ambulância para seguirem viagem. Ele também queria ir, ela continuava a não querer que ele fosse, e quando, finalmente, se convenceu a não ir continuou sem arredar pé a perguntar onde é que era o Santa Maria. Finalmente lá conseguiram livrar-se dele e arrancar. E foi por um triz que ele não foi mesmo para Santa Maria com ela. Atravessou a rua andando aos S’s, por detrás da ambulância e sem olhar,  e só não foi atropelado por um automóvel  em sentido contrário porque o dito vinha devagar e o condutor conseguiu parar antes de embater nele. Se já estão neste estado de alcoolemia às quatro da tarde... imagino que as noites deles em vez de serem de sono são de coma alcoólico.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

COMO?!?!? - Macacos

Desde ontem ou anteontem que é noticiada por vários média a fuga de um macaco (chamado Otelo) de um parque zoológico em Montemor-o-Velho e a procura do dito pelos proprietários do parque e pela GNR. Hoje, no e-CM, leio uma notícia sobre o assunto onde consta o seguinte:
«Ontem, em Lavos, Figueira da Foz, foi atropelado um animal que se pensou ser o ‘Otelo'. Mas a distância (20 km) do parque e as características do animal acabaram por revelar que não se tratava do mesmo macaco
A notícia não refere mais nada sobre este macaco atropelado, a quem pertence, de onde veio, nada. Ou seja este macaco atropelado é referido com tanta naturalidade como se fosse um cão, ou um gato, ou uma ovelha, ou um porco, ou um lobo, ou... Será que agora os macacos fazem parte da fauna de Portugal? 

terça-feira, 23 de abril de 2013

PODE???? - Bacoradas nos média - Capítulo III

Jornal das 13H00 de hoje, na TVI

Notícia sobre o risco de afogamento de duas raparigas, numa praia do Algarve (ainda) não vigiada, que foram salvas por um outro utente da praia.

"(...) as duas raparigas, com idades entre os 11 e os 15 anos (...)"

Uma delas tinha 11 e 12 e 13 anos e a outra tinha 14 e 15????? Ou uma tinha 11 e 12 anos e a outra tinha 13 e 14 e 15????

DE PASSAGEM - Grande lata!




Eu estava numa paragem de autocarro. Não estava lá ninguém quando cheguei e sentei-me numa das pontas do banco. Passado pouco tempo chegou uma rapariga que se sentou na outra ponta do banco. Entre nós as duas ficou espaço de banco bastante para se sentar à vontade mais uma pessoa, por muito gorda e espaçosa que fosse, ou duas se cada uma de nós se chegasse mais um pouquinho para as pontas do banco. Às tantas aparece um senhor, dos seus 70’s anos, grande e gordo, e, com a maior das latas, coloca-se do lado da ponta do banco onde eu estava sentada e diz-me “Não se importa de se chegar para lá?”. Presumo que este tipo de abordagem, que considero de uma latosa inacreditável, funcione com 99% das pessoas, ou não seria tão frequentemente usada pelos velhotes que circulam por aí. Mas eu faço parte do 1% que não se deixa intimidar, que não tem nenhum problema em dizer NÃO! E foi o que aconteceu, cheguei-me mais um pouco para a ponta do banco e respondi “Importo-me sim. Não vou chegar-me para lá e ficar sentada no meio do banco. O senhor tem espaço de sobra para se sentar aqui” e apontei para o espação de banco entre mim e a rapariga que estava na outra ponta do banco. Ele balbuciou, à laia de justificação para querer sentar-se na ponta do banco, que queria fumar, (como se o fumo incomodasse mais ou menos os circundantes por provir da ponta do banco ou do meio do banco), e mais audívelmente disse “Deixe lá...” (quase me ri, pois eu já tinha, claramente “deixado lá”) e foi sentar-se num murito atrás da paragem. Que era por onde devia ter começado se queria fumar. Mas esta cena do “Não se importa de se chegar para lá?!?” está sempre a acontecer-me dentro dos autocarros. Não gosto de viajar sentada entre um desconhecido e a janela e por isso sempre que há lugares de coxia vagos é um deles que ocupo, independentemente de o lugar de janela correspondente estar ou não ocupado. E quando o lugar do lado da janela está vago são inúmeras as vezes em que os passageiros que se querem sentar em vez de dizerem “Dá-me licença?” para passarem para o lugar vago (que é o que eu faço, apesar de não gostar de me sentar à janela, se, mesmo assim, me quero sentar num lugar de janela vago que tem um passageiro no lugar de coxia correspondente), dizem “Não se importa de se chegar para lá?”.  Escusado será dizer que eu importo-me sempre e nunca me “chego para lá”, apenas me levanto para dar passagem para o lugar de janela. E já houve até ocasiões em que a pessoa desiste de se sentar, o que eu acho que faz muito bem, o que faz mal é ter a grande lata de pedir para “chegar para lá”.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A MINHA RUA É UM 'FARWEST' - Cloreto de sódio



Saí de casa eram quase 3 da tarde e apanhei um susto mal pus o pé na rua, dois enormes carros de bombeiros e bombeiros por todo o lado,  carros da polícia municipal e os polícias respectivos, carro e pessoal da protecção civil. Não cheirava a queimado pelo que o meu susto inicial reduziu de nível. O fosse o que fosse que estava a acontecer era na rua transversal de e para onde acontecia todo o movimento. Caminhei nessa direcção (que era a minha direcção), a rua estava com a passagem impedida a uns metros do cruzamento por fitas e polícias, no meio da rua estavam duas ambulâncias e uma tenda-câmara de descontaminação, bombeiros todos cobertos, tipo astronauta, com fatos protectores anti contaminação a entrarem e saíremcom a ajuda de uma escada, pela janela de um apartamento, carregando grandes sacos pretos e sendo descontaminados, eles e os sacos, de cada vez que saiam. Depois saíram do prédio os tripulantes do INEM também vestidos “de astronauta” e carregando uma pessoa numa maca com máscara de oxigénio e soro. Isto foi o que vi.  O que consegui descobrir da conversa que tive com o senhor da papelaria, que fica exactamente no cimo da rua da confusão, e onde eu ia e fui, foi que os habitantes do dito apartamento eram vários ucranianos e que tudo começou porque eles próprios chamaram o INEM . Veio o INEM, que já entrou no apartamento com fatos protectores, e levou dois deles com máscara de oxigénio e soro, o que eu vi e outro antes de eu chegar (e parece que são mais mas ninguém viu os outros). E logo depois veio a polícia e a  protecção civil que proibiram os outros moradores do prédio de sair (tipo ninguém sai e ninguém entra, vi moradores a chegar enquanto estive na rua e não entraram) e os mandaram abrir as janelas. E depois os bombeiros e o aparato que já contei.
Quando regressei, cerca de 3 horas depois, os bombeiros já tinham ido embora, a rua já estava aberta ao trânsito mas continuava um batalhão de polícias, municipais e  também PSP's, na rua... E lá continuavam quando fui dormir. Achei que só podiam estar a fazer  uma espera aos restantes moradores do apartamento que não foram levados pelo INEM...
No dia seguinte estava tudo tranquilo e resolvi “puxar o assunto” no comércio local onde fui. O senhor da papelaria não sabia mais nada além do que me tinha contado na véspera. A versão no mini-mercado era a seguinte 1. eram romenos; 2. foi uma tentativa de suicídio de um casal; 3. o meio que usaram para se suicidar foi espalhar cloreto de sódio por toda a casa, ou, melhor dizendo, soda cáustica, na versão de outro empregado. (Foi um esforço eu controlar o riso). Na farmácia não havia clima para cusquices, estava cheia. No meu tasco preferido da zona a versão era o suicídio mas sem mais pormenores.
Juntando o que vi com o que me contaram, as únicas certezas com que fiquei foi que eram um homem e uma mulher cidadãos de leste, que aparentemente não trabalhavam pois andavam sempre por aí, que viviam mais cidadãos de leste na casa ou, pelo menos, a frequentavam assiduamente, que o dito casal foi levado para o hospital com oxigénio e soro, que o seja lá o que fôr que havia na casa obviamente não era cloreto de sódio, nem sequer soda-cáustica. Fosse o que fosse era altamente tóxico, ou a protecção civil e os bombeiros não teriam tido os cuidados que tiveram. ‘Googlei’ sódio (dadas as versões Sal e Soda-cáustica) e descobri que há uma substância chamada oxalato de sódio que é altamente tóxica por inalação e também... usada no fabrico de explosivos.
Alguns dias depois a mulher voltou e  continua a circular por aí, o homem que foi levado de ambulância e todos os outros nunca mais ninguém os viu.
Era oxalato de sódio que tinham em casa? Foi uma tentativa de suicídio ou foi um acidente na manipulação do produto? Fabricavam bombas?  Guardavam aquele material? Era dos outros e eles nem sabiam o que era e mexeram-lhe inadvertidamente?
Ficou o mistério...

sexta-feira, 19 de abril de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - capítulo II



Telejornal das 20H00 da TVI, de hoje, 19 de Abril de 2013



Notícia sobre os 129 anos do Elevador do Lavra. O elevador é chamado durante toda a notícia, pela Judite de Sousa, pela voz ‘off’ e nas legendas em rodapé, de “elevador DA lavra”. Devem achar que a placa toponímica da Calçada onde funciona o elevador “Calçada DO Lavra” está errada e que foram muito espertos em corrigir e dizer DA Lavra, uma vez que “lavra” de “lavrar” é feminino, mas na realidade são de uma ignorância que até dói, o “Lavra” da dita calçada não tem nada a ver com o acto de lavrar mas sim com um antigo morador chamado Manuel Lopes do Lavre (ou do Lavra).

PODE???? - Bom português

Reproduzo o texto de um 'e-mail' que recebi da empresa para a qual trabalho:

«Informasse a todos os colaboradores que amanhã à reunião pelas 11
horas, urgente.»


Caramba! Ainda bem que o texto é curto, se fosse longo imagino quantos mais erros não teria...

sábado, 13 de abril de 2013

COISAS QUE NÃO ENTENDO - Onde Judas perdeu as botas

O "Onde Judas perdeu as botas" é apenas, no caso, a expressão que me ocorre de cada vez que me deparo com o que segue em imagens. De resto não tem nada a ver com as botas de Judas, não só porque nem sempre são botas, como porque a expressão é normalmente usada para designar um local desconhecido, (reza a lenda que Judas depois de ter sido pago para trair Jesus foi encontrado sem botas, botas essas onde guardara o pagamento que recebera e que, por isso, foram muito procuradas mas nunca ninguém as encontrou), e isto passa-se em Lisboa, um pouco por toda a cidade, praticamente não há dia em que eu não tope com a situação, se fotografasse todas já teria umas centenas de fotografias, ainda hoje vi várias, uma delas com uns 15 pares juntos, que não fotografei porque nem sequer tinha a máquina comigo.


E o que eu não entendo é porque é que há tantas pessoas a deixarem os sapatos que já não querem mas ainda estão utilizáveis largados num qualquer canto duma qualquer rua?!?!?!? Suponho que a intenção seja que alguém os aproveite mas, assim sendo, porque não vão entregá-los a uma instituição que os encaminhe para quem precisar? Deixá-los na rua só serve para fazer lixo e para, provavelmente, ninguém os aproveitar porque acabam por ficar destruídos pela chuva, pelo sol, ou por algum cão, ou acabam por ser recolhidos para o lixo por funcionários de limpeza da câmara.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

COMO?!?!? - Não aceita? A sério?

Excerto do discurso de ontem do PM:

"A este respeito, quero dizer a todos os portugueses que o Governo não aceita aumentar mais os impostos, que parece ser a solução que o Tribunal Constitucional favorece nas suas interpretações. Fazê-lo poria em causa irremediavelmente as nossas possibilidades de recuperação atempada da economia e da criação de emprego"

Não aceita????? Que tal dizer "não pode"????? O governo já aumentou os impostos para lá do limite, ou seja, o aumento dos impostos que fez até agora já provocou redução das receitas e não aumento das receitas como era pretendido. 

Este "não aceita" faz parte do discurso do coitadinho, do bonzinho, que só tem de tomar medidas do pior por culpa do TC.

Depois de ouvir este discurso concluí que o governo fez um orçamento inconstitucional de propósito para depois poder tomar mais e piores medidas de austeridade pondo as culpas no TC.

domingo, 7 de abril de 2013

COISAS DE QUE EU GOSTO - Sinalética original

Nas minha deambulações e trajectos feitos a pé por Lisboa, encontrei nas ruas de um bairro dos anos 40 do século XX esta sinalética, que presumo seja da mesma época do bairro e que achei o máximo.


Mas, como se prova pela fotografia seguinte, tirada a poucos metros de um dos sinais, (e que ficava bem sob o título PODE????), não resulta...


sexta-feira, 5 de abril de 2013

COISAS DE QUE EU GOSTO - Exposição "Fotógrafos do Mundo Português 1940"



Descobri hoje, ao visitar a exposição “Fotógrafos do Mundo Português 1940” patente no Padrão dos Descobrimentos, como era grande a minha ignorância sobre a “Grande Exposição do Mundo Português”, ex-libris do “Estado Novo”, que aconteceu em Belém em 1940. É certo que nunca me tinha dedicado a estudá-la mas já tinha lido e visto muitas e variadas reportagens e fotografias e artigos sobre o assunto. Sabia até coisas que não teria ficado a saber nesta exposição, como por exemplo, que o Padrão dos Descobrimentos fazia parte da dita exposição embora não propriamente o de betão e pedra que existe hoje em dia, que foi erguido em 1960, mas sim outro igual de materiais mais leves e menos nobres e menos duráveis, ou a história (de rir) da nau Portugal que adornou logo que foi lançada à água, nos estaleiros onde foi construída, para navegar até Belém para a inauguração da GEMP e só veio a integrar a exposição alguns meses mais tarde, quando conseguiram resolver os problemas que a impediam de navegar, e algumas outras coisas. Mas o que não sabia, nem imaginava, era a dimensão gigantesca da exposição. Ocupava uma enorme área de um lado e de outro da linha de comboio e da Avenida da Índia (com uma ponte por cima de ambas a ligar as duas partes da exposição), ladeando a Praça do Império (que também foi construída para a GEMP) a nascente e a poente, ocupando o que é hoje o Jardim de Belém e o CCB e toda a correspondente frente ribeirinha, e ainda ocupando duas áreas laterais ao Mosteiro dos Jerónimos,  tinha pavilhões vários, de Portugal, da Colonização, de Angola e Moçambique,  do Brasil, dos Descobrimentos, dos Caminhos de Ferro e Portos, etc., etc., etc., uma zona de casinhas “Aldeias de Portugal”, uma zona de “etnografia cultural” (que incluia uma rua “de Macau”), uma zona comercial e industrial, uma zona de parque de diversões, parques de estacionamento, etc. etc. Era mesmo um “Mundo”. As fotografias expostas de vários fotógrafos são belíssimas, recomendo a visita e a recolha dum caderninho de apresentação (gratuito à disposição no início da exposição) que tem uma planta da GEMP que permite entender melhor a dimensão da dita. Adicionalmente, e já que nunca tinha entrado no Padrão dos Descobrimentos, aproveitei para subir ao miradouro que há no topo apesar de estar um vendaval do pior e muito desagradável. E gostei da vista de Lisboa mas não foi nenhuma novidade, é basicamente o mesmo que se vê da Ponte 25 de Abril, ou de Porto Brandão, ou da Trafaria. O mais interessante foi a visão do Bugio que visto dali parece muito mais próximo. 
(Abaixo ' link' para página do Padrão dos Descobrimentos)
Padrão dos Descobrimentos