sexta-feira, 31 de maio de 2013

DE PASSAGEM - Vira-se o feitiço...




 ...contra o feiticeiro! Eh! Eh!

No Diário Digital, hoje:

"A concelhia do PSD de Lisboa vai abandonar esta sexta-feira o edifício que ocupa no Campo Pequeno por falta de dinheiro para pagar a renda, avança a TSF. A renda exigida pelo senhorio subiu de 200 para 1.500 euros.


Em declarações à rádio, o presidente da concelhia, Mauro Xavier, explicou que a sede do PSD de Lisboa tem uma área de 170 a 180 metros quadrados, mas a nova renda pedida pelo senhorio, ao abrigo da nova lei das rendas, é insuportável pelo partido.

«Pagávamos uma renda à volta de 200 euros e a nova renda seria à volta de 1.500 euros. Nós fizemos uma proposta intermédia ao senhorio, mas não foi possível chegar a acordo. Vamos estar provisoriamente nas instalações da distrital do PSD de Lisboa e estamos à procura de um novo espaço», indicou.

Sem pôr em causa a nova lei das rendas, Mauro Xavier considerou que este caso ilustra bem as falhas de que enferma a legislação e que devem ser corrigidas.

«No fundamento é uma boa lei, mas precisa de ser claramente melhorada», defendeu."

DE PASSAGEM - Quem vê caras...

Mário Soares, em entrevista ao programa 360º da RTP, ontem:

"Passos Coelho é uma pessoa simpática mas faz uma política desastrosa".

Como diz o ditado popular, "quem vê caras não vê corações"

quem vê caras...


terça-feira, 28 de maio de 2013

DE PASSAGEM - Procissões 8 e 80



Nas minhas “googlagens” em busca da identificação da Santa desconhecida da Procissão da Senhora da Saúde, descobri que acontecem em Lisboa milhentas procissões ao longo do ano. E houve uma que despertou a minha curiosidade pois acontece num dia fixo do mês de Maio, podendo portanto calhar durante os dias úteis da semana, em plena Baixa da cidade e ao meio-dia. É a Procissão das Relíquias de Santa Rita de Cássia e o percurso é entre a Igreja de Nossa Senhora da Oliveirinha e a Igreja de São Nicolau, ambas situadas na Baixa. O dia era este ano uma quarta-feira e decidi ir assistir a procissão. Tem uma cerimónia engraçada, os devotos (devotas maioritária ou mesmo totalmente) levam ramos de rosas que levantam acima das cabeças imediatamente antes de se iniciar a procissão, não sei se para serem benzidos se apenas para saudar a santa (do ponto onde eu estava, a uns 50 metros da Igreja de Nossa Senhora da Oliveirinha - quando cheguei, pelas 11H30,  já havia uma mar de gente carregando ramos de rosas à porta da Igreja onde decorria a missa que precede a procissão - o que vi foi toda a gente levantar os ramos de rosas). A procissão propriamente dita é a antítese da procissão da Senhora da Saúde. Ou seja, enquanto que a procissão da Senhora da Saúde leva 5 andores com 5 imagens e ainda a imagem do São Jorge a cavalo, a procissão de Santa Rita de Cássia não tem nenhum andor nem nenhuma imagem, apenas um padre carregando o relicário com as relíquias da santa. E enquanto a procissão da Senhora da Saúde leva tantas bandas de música quantos andores (ou mais), a procissão de Santa Rita de Cássia leva apenas uma banda a abrir a procissão. Ou seja, esta procissão integra apenas uma banda de música, um padre carregando o relicário precedido a um passo de acólitos com lanternas, e um bastante grande número de devotas carregando ramos de rosas. A outra diferença é que apesar de ser muito mais simples começou atrasada enquanto que a da Senhora da Saúde, pelo menos nos 3 anos em que fui assisti-la, começa exactamente na hora marcada, com pontualidade britânica (deve ser por causa do São Jorge).  Fui depois, através de ruas não percorridas pela procissão, até à Igreja de São Nicolau para ver a procissão a chegar.  Os sinos desta igreja tocam desalmadamente a anunciar a chegada da procissão, algumas das devotas com os seus ramos de rosas chegam à frente da procissão e entram na igreja o mais rápido que podem e acotovelando-se, (para garantirem lugar já que a igreja – como vi porque fui espreitar lá dentro quando cheguei - já está cheia por outros devotos que não participam na procissão),  para ficar tudo entre santos o largo da igreja de São Nicolau está cheio de tapumes de uma qualquer obra “de Santa Engrácia” em que Lisboa é fértil e, como imaginei ao descobrir que a procissão acontece ao meio-dia de um dia útil, o trânsito fica um pandemónio porque fica interdito durante algumas horas na Rua de São Julião e durante a meia-hora de percurso da procissão também na Rua da Prata.
a banda de música a abrir a procissão
as rosas

o padre com o relicário

as devotas antecipando-se a entrar na igreja de destino

a procissão a chegar à igreja de destino

segunda-feira, 27 de maio de 2013

BANALIDADES - F word



Desde uma virose/gripe do pioriu que tive há já dois anos, que deu direito a tudo o que é sintoma, incluindo otite, que, há mínima coisinha, apanhar vento, ter uma constipaçãozita ou uma gripezita, ou a rinite alérgica “atacar” mesmo de levezinho (o que com o tempo instável que tem estado me acontece com imensa frequência), fico com dôr, comichão e latejamento nos ouvidos. Como isto não só não passava como ainda piorava, ou seja cada vez mais facilmente fico com dôr, comichão e latejamento nos ouvidos, o que é super incómodo, e, ainda por cima, eu nunca tive otites na vida, nem sequer quando era criança, fui à médica de família queixar-me. Ela observou-me os ouvidos e disse-me que não tinha nada de especial, apenas cera a mais. E explicou-me que o facto dos canais estarem entupidos pela cera, e os meus ouvidos estarem mais sensíveis pela idade, fazia com que à mínima inflamação no nariz e garganta os ouvidos também fossem afectados. E receitou-me Otoceril para aplicar 3 vezes ao dia durante 5 dias (além de um nebulizador para aplicar no nariz à noite sempre que seja necessário). Como o Otoceril é para aplicar 3 vezes dia, fiz a primeira aplicação quando cheguei a casa, na sala. E caíu um pingo do dito cujo na minha mesa de jantar que é em madeira envernizada com um verniz mate. Pois bem o Otoceril não só desfaz cera como desfaz verniz, onde pingou na mesa ficou uma mancha irreversível. F... nem sei se vou continuar a pôr aquilo nos meus ouvidos... é um decapante poderoso!

domingo, 26 de maio de 2013

BANALIDADES - O ovo reaparecido



Não, não estou maluca nem ando a ter visões. Obviamente que o ovo, afinal, nunca desapareceu da platibanda, apenas deve ter sido temporariamente empurrado para o cantinho da dita, invisível aos meus olhos por mais que me estique da janela. Se tivesse resolvido fotografar o desaparecimento do ovo ter-me-ia provavelmente apercebido da presença dele pois a máquina fotográfica fica fora da janela todo o comprimento do meu braço esticado e obtém uma visão mais abrangente da platibanda.

E pelo que lá estava depois da destruição do ninho (a foto do ‘post’ "Dois pombos a menos"):


E pelo que lá está agora, com os pauzinhos já colocados a fazer roda:

O mistério está esclarecido, foram os pombos-pais que empurraram o ovo de um lado para outro para tentarem refazer o ninho.

Mas pelos vistos não gostaram do resultado que obtiveram e abandonaram-no pois não voltei a vê-los lá a chocar.

sábado, 25 de maio de 2013

BANALIDADES - O ovo desaparecido

O ovo de pombo que tinha ficado no ninho destruído (meu 'post' anterior "BANALIDADES - Dois pombos a menos") desapareceu. Como desapareceu?!?!? Não era visível quebrado na rua e também não estou a ver como ia cair à rua sózinho. Não estava assim tão na beirinha da platibanda que pudesse rolar empurrado pelo vento que não tem estado a soprar com força. Os pais-pombos terem-no levado para um novo ninho acho que também não é hipótese a colocar pois não estou a ver como é que um pombo conseguiria carregar o ovo. Restam duas hipóteses, o destruidor do ninho voltou ao local do crime, subiu a um escadote para ter uma boa visão dos restos do ninho e levou o ovo. Ou os pombos comeram o ovo. Que eles comem tudo e mais alguma coisa não tenho dúvida, já vi pombos até a comerem um bife caído na rua, mas não sei se chegam ao ponto de comerem os seus próprios ovos?!?!? Fica o mistério...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

BANALIDADES - Dois pombos a menos




 Hoje espreitei o ninho (meu ‘post’ “BANALIDADES – Lisboa é dos pombos”) e... eis o que vi:




A platibanda fica em frente das bandeiras das janelas do apartamento por baixo daquele onde moro. Não mora lá ninguém neste momento mas a casa está para alugar. Presumo que alguém a visitou, viu o ninho, não gostou, e... destruiu-o. Ficou um ovo (o outro está quebrado no passeio) e uns pauzitos porque o destruidor de ninhos deve ter usado uma vassoura, ou algo no género, a partir do chão e não viu em pleno os resultados da destruição (para ver teria de subir a um escadote). Mas esse ovo vai obviamente ficar abandonado, os pais-pombos não vão voltar para refazer o ninho e cuidar daquele ovo.

Portanto desta vez não houve assassinatos, nem quedas acidentais à rua que impediram borrachos de chegar a pombos, houve um prepetrador de “abortos” que impediu ovos de chegarem a borrachos.

Pela parte que me toca, é um alívio. Sei pela experiência  “Abel e Caim” que os borrachos a pipilar fazem uma barulheira super irritante e que pipilam várias vezes ao dia a pedir comida.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - capítulo V

Numa reportagem - do meu ponto de vista fantástica - sobre Álvaro Cunhal, transmitida a seguir ao telejornal das 20H00 de hoje na TVI. Jornalista Judite de Sousa tem de dizer a palavra fatal: FEVEREIRO e, como sempre, diz FEBREIRO!!! A sério, por FAVOR alguém que ensine a senhora a dizer FEVEREIRO!!! Ou então despeçam-na por ela não ser capaz de dizer FEVEREIRO.

domingo, 19 de maio de 2013

BANALIDADES - Lisboa é dos pombos



Há tantos, tantos, tantos pombos em Lisboa que já não se pode dizer “os pombos de Lisboa” mas sim “Lisboa dos pombos”.

Saí da casa onde morava antes desta porque todo o telhado e forro do prédio eram pombais com dezenas, para não dizer centenas, de pombos,  e os algeroz estavam permanentemente entupidos por ninhos e fezes, causando infiltrações de água da chuva no apartamento onde eu vivia que era um último andar. (E, claro, é preciso acrescentar, o proprietário do prédio, que era meu senhorio, não estava minimamente interessado em resolver o problema colocando dispositivos anti-pombo no telhado).

Mas os problemas com os pombos existem por toda a cidade, acho que só mesmo os edifícios que tenham dispositivos anti-pombos instalados é que estão a salvo de entupimentos e infiltrações causados por ninhos e fezes destas aves. O apartamento onde estou agora não tem esse problema porque não é um último andar, mas acredito que os últimos andares do prédio tenham, talvez menor do que o do prédio onde eu vivia, quer pela estrutura do telhado quer porque os residentes dos últimos andares são proprietários dos apartamentos e terão por isso maior cuidado na verificação de entupimentos.

Os pombos vivem e nidificam por aqui. Abaixo e acima das janelas a parede frontal deste prédio tem umas platibandas, de uma ponta à outra do prédio, com uns 40 cm de largura. Desde que aqui moro que reparei que há pombas que as usam para dormir e  ontem descobri que tinham feito um ninho no cantinho da platibanda que fica abaixo das janelas do meu apartamento. Ontem só tinha um ovo mas era um ovo enorme. Os dois ovos das pombas que nidificaram no canteiro inacessível da outra casa (história no ‘post’ Histórias antigas – Abel e Caim) eram muito mais pequenos, e  apesar de um ser maior do que o outro, este é bem maior do que o maior desses dois. Hoje já tem dois, o novo ovo é um pouco menor do que o primeiro mas, mesmo assim, maior do que os ovos do Abel e do Caim. E dado que a platibanda só tem, como já referi, uns 40 cm de largura, suspeito que os borrachos que nascerem daqueles ovos vão cair à rua muito antes de saber voar. Ou seja, vai ser mais uma história de borrachos que não chegam a pombos. Mas, pelo menos, espero que não se repita  um assassinato...

o ninho ontem com um ovo

a mãe (ou o pai) a chocar os ovos

o ninho hoje já com dois ovos

sábado, 18 de maio de 2013

COMO?!?!? - Alerta???

Notícia na edição electrónica da Rádio Renascença:

«O Banco de Portugal lançou um alerta no seu site, avisando para as actividades de uma instituição que se tem apresentado como banco privado mas que não está licenciado para operar no território nacional.

O banco central diz que a Holding Bank Finance and Investment Corporation, entidade que tem vindo a apresentar-se na área do “private banking”, não está habilitada a exercer qualquer actividade financeira no país.

O Banco de Portugal esclarece ainda que a Holding Bank  não está autorizada a receber depósitos ou outros fundos reembolsáveis, nem tão pouco a conceder crédito ou qualquer outra actividade financeira reservada às instituições sujeitas à supervisão.
»


Se eu, ou qualquer outro cidadão, abrir um café, um restaurante, ou outro qualquer negócio de forma ilegal o que é que acontece? A entidade reguladora emite um alerta? Não. A entidade reguladora encerra o negócio.  Mas se fôr um banco... a entidade reguladora ALERTA os cidadãos e deixa o negócio ilegal continuar a funcionar...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

PODE??? - Pior a emenda que o soneto



O Presidente da República (LAICA) de Portugal, disse:

"Eu penso [no fim da sétima avaliação] como uma inspiração - como já a minha mulher disse várias vezes - da nossa Senhora de Fátima, do 13 de maio"

E uns dias depois ainda acrescentou:

"Quando, no dia 13 de maio, surgiu a notícia de que finalmente a 7ª avaliação tinha sido mandada para trás da costas e que estava aberto o caminho para a extensão das maturidades, a minha mulher disse-me: ‘Isto é com certeza influência de Nossa Senhora de Fátima, porque hoje é dia 13.’

Isto devia ser razão suficiente para o destituir. Que a mulher dele seja católica e devota da Senhora de Fátima e lhe diga estas coisas, é problema deles. Mas ele dizê-las publicamente é problema do país. Porque ou o disse por estupidez e incompetência, ou, PIOR, o disse, com inspiração em Salazar e no Estado Novo de má memória, para que o povinho devoto acredite que a austeridade, e a miséria decorrente, são vontades divinas aceitando-as como e por tal.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

PODE??? - A santa desconhecida da procissão da Senhora da Saúde



Como detesto ficar intrigada com alguma coisa, ontem à noite voltei a “googlar” sobre a procissão da Senhora da Saúde em busca de identificação para a Santa desconhecida. E quase que fiquei a achar que inventei a dita santa, que foi uma visão minha, tão poderosa que até consegui captá-la em fotografia. Porque, entre ‘sites’, blogues e notícias, encontrei três ou quatro menções aos santos que desfilam naquela procissão além da Senhora da Saúde,  mas  todas listavam apenas São Jorge, Santa Bárbara, Santo António e São Sebastião, a  Santa desconhecida não só não estava nomeada como nem sequer estava listada sem identificação. Apenas havia um blogue que dizia que na procissão, além do andor da Senhora da Saúde, ia também o andor de “Senhora do Castelo”. O que não só é estranho porque não falava de nenhum dos outros vários Santos, como porque ‘googlando’ “Senhora do Castelo” encontrei muito pouca informação, nenhuma relacionada com o Castelo de São Jorge, e as imagens são de uma Nossa Senhora de mãos levantadas e não com um livro na mão. Ou seja, desconfio que o dito blogueiro ainda percebe menos de santos do que eu (e ainda é mais desatento do que eu pois eu não vi uma santa por dois anos seguidos e ele não viu quatro santos o que é demais mesmo que tenha sido num único ano). Mesmo assim, e porque achei que podia fazer algum sentido que a santa que desfila logo atrás do São Jorge viesse do castelo tal como ele, (embora não chegando na hora da procissão nem vindo a cavalo), tentei perceber que santos moram na igreja do castelo além do São Jorge. E, para confundir ainda mais as coisas, descobri que mora lá Nossa Senhora do Rosário a qual é representada de várias maneiras, entre as quais... com um livro na mão...  E também descobri ainda outra santa, além das duas Santas Catarinas, que é representada com um livro na mão, Santa Rita de Cássia, embora não me pareça muito provável que desfile na procissão da Senhora da Saúde pois também descobri que é a padroeira de uma igreja da cidade e tem direito a uma procissão própria. Ou seja, quanto mais tento identificar a santa desconhecida mais confusa fico, será Nossa Senhora do Rosário (do castelo) ? Será uma das Santas Catarinas? Será Santa Rita de Cássia? A única conclusão a que consegui chegar até agora é que há muito pouca gente que saiba identificar a dita cuja... Quando passar no Martim Moniz com tempo disponível vou mesmo tentar falar com alguém na Ermida a ver se – finalmente! – consigo esclarecer a identidade da santa.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

BANALIDADES - Os meus vizinhos Romani - 3

Vieram todos, homens, mulheres, novos e velhos, e crianças, para a rua em alta berraria. A bem da verdade a berraria era praticamente e só de uma das mulheres, grandes gestos e a falar sem parar em altos berros, aparentemente contra um dos homens. (Tenho mesmo pena de não perceber romani...). Ao fim de uma hora deste "espectáculo" alguém da vizinhança se fartou (suspeito que o dono do restaurante à porta do qual decorria o "espectáculo") e chamou a PSP. E foi aí que teve mesmo graça, mal o carro da polícia chegou e saíram 4 polícias de lá, a gritadora calou-se e atravessou a rua rapidamente e de "fininho" entrando no prédio onde moram, e todos os outros lhe seguiram os passos tão rápido e lestamente como ela. Os polícias não tiveram de fazer absolutamente nada, foi só aparecerem e pronto, cena acabada. Se a gritaria continua dentro de casa, não se ouve, mas eu desconfio de que eles devem ter alguma regra de comportamento que os obriga a ter os desatinos na rua. Porque o desatino de ontem já é o 3º a que assisto na rua, (os anteriores foram um entre duas mulheres e outro entre dois homens, sempre blá-blá-blá sem parar em voz gritada e acompanhada de grandes gestos), mas nunca ouvi gritaria vinda de dentro do prédio onde habitam e se eles gritassem lá dentro da maneira que gritam na rua acho que era impossível não os ouvir.

terça-feira, 7 de maio de 2013

PODE??? - A minha confusão de santas



Pensando em como descobrir a identidade da santa misteriosa da procissão da Sra. da Saúde deste ano, às tantas lembrei-me de que quando descarreguei as fotografias da procissão do ano passado tinha, estranhamente, encontrado duas fotografias de Santa Bárbara quando estava convencida de que só a tinha fotografado uma vez. E ocorreu-me que, na realidade, eu tinha fotografado a Santa Bárbara e a Santa Desconhecida mas confundira as duas porque não me lembrava de durante a procissão ter visto a Santa Desconhecida. Fui então ver todas as fotos da procissão do ano passado e... BINGO! Não só fotografei o ano passado a Santa Bárbara e a Santa Desconhecida como, quer o ano passado quer este ano, confundi a Santa Bárbara com a Santa Desconhecida. Ou seja, a Santa que eu achava que era a 2ª fotografia de Santa Bárbara no ano passado é na realidade a Santa Desconhecida, e a Santa que eu achava este ano que era a Santa Desconhecida é na realidade Santa Bárbara (e vice-versa). Assim, a Santa Desconhecida tem um livro aberto na mão (e não as outras coisas que pertencem de facto a Santa Bárbara e são, ao que descobri, uma torre de castelo e uma palma e não uma lanterna e um resplendor como pensei), ao que parece participa sempre na procissão (se não a vi o ano passado apesar de a ter fotografado... é provável que também não a tenha visto em 2011 apesar dela ir na procissão) e agora que procurei a imagem certa acho (90% de certeza) que a Santa já não é Desconhecida mas sim Catarina. Apesar desta descoberta levantar outra dúvida... Nas minhas pesquisas descobri que há nada mais nada menos do que sete Santas Catarinas (não consegui perceber se os católicos se referem a alguma em particular quando identificam só como Santa Catarina?!?!?). Pelas imagens concluí que esta só pode ser Santa Catarina de Siena ou Santa Catarina da Suécia pois são as únicas representadas com um livro na mão. Mas não sei qual é a mais provável. A de Siena é padroeira da Europa e há uma ordem religiosa com o nome dela em Lisboa. Mas a da Suécia foi muito cultuada e divulgada pelos marinheiros portugueses no século XV.  Vou corrigir as fotos inseridas nos meus ‘posts’ do ano passado e deste ano e resta-me confirmar que a Santa é mesmo uma Santa Catarina,  e qual Santa Catarina, e descobrir porquê desfila nesta procissão... (será que também “mora” na Ermida da Senhora da Saúde??? E se sim, porquê???). 






segunda-feira, 6 de maio de 2013

DE PASSAGEM - "Rescaldo" da procissão da Sra. da Saúde

Descobri hoje, nas notícias das 13H00 da SIC, que afinal a primeira dama foi à procissão. Mas deve ter ido por muito poucos metros, as imagens da TV eram da Rua da Mouraria (a primeira rua que a procissão percorre) e quando eu  vi a procissão passar, na rua seguinte, a primeira dama já não ia na procissão. Pelas imagens ela seguia atrás do Bispo e eu vi passar a procissão até ao final, até ao cordão policial que fecha a procissão e que só é seguido pelo povo anónimo que quer acompanhar a procissão (também há povo anónimo a integrar a procissão mas, ao que já consegui entender da função, são apenas aqueles que se inscrevem para o efeito, os outros, espontâneos, só são autorizados a seguir atrás da procissão).

E já tenho duas santas suspeitas eh!eh! Quero dizer já tenho duas suspeitas da identidade da santa que seguia em 4º lugar na procissão deste ano. Suspeito que possa ser Santa Catarina ou Santa Luzia. Mas ainda não tenho nenhuma certeza... Já estou a ver que tenho de ir à Ermida falar com alguém da Irmandade para descobrir a identidade da dita santa, o que até tem uma vantagem, fico logo também esclarecida sobre a razão da presença dela na procissão. Pois essa vai ser a minha segunda intrigância depois de descobrir-lhe a identidade. O ano passado consegui descobrir o porquê da presença  de São Jorge, Santa Bárbara, Santo António e São Sebastião, mas este ano a procissão "ofereceu-me" mais uma santa para eu investigar.

domingo, 5 de maio de 2013

COISAS DE QUE EU GOSTO - A Procissão da Senhora da Saúde (2013)



A Senhora da Saúde, como mandam as regras, mudou outra vez de roupa, melhor dizendo, de manto.









O São Jorge não muda de roupa mas este ano tinha mais companhia, além da charanga trazia uma escolta também a cavalo. O que foi do pior pois na cerimónia de cumprimento à Senhora da Saúde, que precede o início da procissão, o São Jorge ficou “ensanduichado” entre a charanga e a escolta e mal se via do sítio onde eu estava (que era o mesmo onde estive o ano passado e o ano passado via-se lindamente). E também, não sei porquê, a charanga chegou caladinha em vez de vir a tocar como nos dois anos precedentes.








E quando a charanga começou a tocar, para a cerimónia de cumprimentos, começou também a barulheira do carro aspirador da Câmara que segue logo atrás para ir aspirando a merda dos cavalos. Um cavalo tinha largado umas poias e o zeloso funcionário do carro aspirador não foi de modas e zás! ligou a geringonça BRUM!BRÁ!BRUM! a fazer coro com a música da charanga, perturbando o momento solene (que – quase - toda a gente aplaude) e os responsáveis da Irmandade da Senhora da Saúde que correram logo a mandá-lo desligar o aspirador.





Quando o São Jorge arrancou para abrir a procissão, eu arranquei também para dar a volta ao largo e ir para a Rua da Palma ver a procissão a “procissar” já no sentido descendente, de regresso ao Martim Moniz. Mas ao passar no Intendente percebi que a procissão estava tão lenta que ainda ia na Rua do Benformoso e decidi atravessar o largo e ir ver a procissão a “procissar” ainda no trajecto ascendente. A carripana que vem na frente da procissão a atirar o rosmaninho, (que o pessoal continua a apanhar às molhadas não deixando quase nada para ser pisado pela procissão), estava ali mesmo quase a chegar ao Intendente, empanada, não pegava. A procissão estava portanto toda parada atrás dela. Finalmente a carripana lá arrancou. E lá começou a passar a procissão.

São Jorge chega ao Intendente a abrir a procissão



Santa desconhecida


 
E Santo António



Esta procissão é mesmo ‘sui generis’. Este ano tinha mais um andor com mais uma santa. Eu até pensei, quando a vi aproximar-se, que tinha contado mal os santos e os andores e que era a Santa Bárbara que vinha num alinhamento diferente dos anos anteriores, mas depois percebi que a santa não era a Santa Bárbara e que, de facto, Santa Bárbara já tinha passado. Depois de descarregar as fotografias fiquei com a certeza de que é outra – e mais uma – santa. A intrigância é que não a identifico, não sou perita em santos e a pesquisa no Google com base na imagem... não logrou resultados. Se alguém souber dizer-me que santa é esta, por favor escreva um comentário ou envie-me um ‘e-mail’. Não é muito visível na fotografia (é difícil fotografar objectos em movimento e contra o sol)  mas a santa usa uma coroa e tem nas mãos uns objectos que não sei muito bem o que são?!?! um resplendor e uma lanterna?



 
Santa Bárbara


São Sebastião

E a Senhora da Saúde


Mas mais paragens aconteceram, não sei se só por não manterem o passo ou por mais alguns acidentes de percurso, eu não vi mais nenhum acidente, além do empananço da carripana do rosmaninho, mas a procissão passou aos “soluços”, um grupo agora, outro daqui a bocado, mais um intervalo, mais um grupo. E às tantas o Intendente estava rodeado de procissão.



 
O São Jorge e os seus cavaleiros já descendo do outro lado do Intendente





Quando a carripana estava empanada passou uma senhora da Irmandade da Senhora da Saúde (que andava a fazer peditório) acompanhada de um puto dos seus 14, 15 anos. O puto perguntou-lhe se davam o rosmaninho às pessoas que estavam a assistir ou se o lançavam para o chão. Ela respondeu que o lançavam para o chão “para Nossa Senhora pisar” e ele disse “Pisar não, passar por cima, quem pisa é quem carrega o andor.” Pois.


Depois de passar a Senhora da Saúde, e o Bispo das Forças Armadas sob o seu pálio, e os militares e bandas militares que fechavam a procissão seguidas do povo anónimo, voltei à Rua da Palma, onde ainda fotografei os “Incensadores” que precediam o Bispo.





Cumprindo a tradição lá iam integrando a procissão, o Presidente da Câmara, António Costa e José Sá Fernandes e mais um quantos vereadores. Da primeira dama é que nem sombra, deve ter ficado bem trancadinha em casa com medo de levar com apupos.

Para o ano há mais (e eu lá estarei se puder). Pode ser que apareça mais um andor e mais um santo, quem sabe? Desta procissão eu já espero tudo.

sábado, 4 de maio de 2013

BANALIDADES - Reacção automática



Eram 8 horas e poucos minutos, tinha acabado de me levantar e resolvi ir pôr na escada, à minha porta, uns lixos graúdos  que ia depois levar para a rua para os serviços da Câmara recolherem. Não ia sequer sair da casa, só  ia pôr um pé de fora para pousar lá as tralhas. Mas... já no final da operação, quando fui colocar as últimas tralhas..., uma das tralhas escorregou-me da mão e naquela reacção automática natural (e, no caso, muito estúpida pois não havia nenhum prejuízo em a tralha cair) ...pus o outro pé no patamar para segurar a tralha... E, nem tive tempo de perceber que tinha posto os dois pés fora de casa, no mesmíssimo segundo a realidade ultrapassou os meus pensamentos e a porta: BLAM! fechou-se! E eu fiquei fora de casa, sem chaves, sem telefone, sem dinheiro e.... em pijama. No preciso momento tive vontade de gritar e de me sentar na escada a chorar. Mas, claro! no momento seguinte desisti dessa vontade que não ia resolver a situação e toquei à campainha da vizinha do lado a pedir socorro. Felizmente a senhora já estava acordada e deixou-me ficar lá em casa e telefonar para os bombeiros, que, passada meia hora em que eu quase morria de fome (acordo sempre esfomeada e ainda não tinha tomado o pequeno almoço), chegaram com a polícia, me abriram a porta com tanta limpeza como ladrões e que não cobraram nada pelo serviço.  Nem me pediram identificação. Ou seja, descobri uma nova maneira de assaltar residências em prédios, o ladrão aluga uma casa em nome falso, chama os bombeiros logo pela manhã, apresenta-se de pijama e diz que mora na casa do lado, ou na de baixo, ou na de cima... e eles abrem a porta e não pedem identificação... 
((: Espero que isto não seja lido por nenhum ladrão :))

DE PASSAGEM - Segredo bem guardado

Estou à espera do sinal verde para atravessar a rua. Ao meu lado uma gorduchona, aparentando vinte e tal anos, espremida dentro dumas leggings e duma camisola coleante (vá lá... de cor preta), fala ao telemóvel, "'tou! Soraia! Sou eu que vou ficar, eu e a Vânia. Ela telefonou-me agora, disse-me para eu não dizer nada a ninguém mas que já sabe que somos nós as duas que vamos ficar." O sinal abriu para atravessarmos e não ouvi mais conversa porque segui um caminho diferente do dela. Mas imagino que depois da Soraia telefonou a mais um monte de gente a contar o que a Vânia lhe dissera para não dizer a ninguém...

sexta-feira, 3 de maio de 2013

BANALIDADES - Os meus vizinhos Romani - 2

Afinal acho que os meus (ex) vizinhos Romani foram de viagem mas também de mudança. Os membros do clã que ficaram têm vindo a pôr no lixo tralhas e tralhas e tralhas, de roupa e sapatos a móveis, incluindo os brinquedos que tinham ficado nas varandas. Ou seja, o bando que viajou foi de mudança para longe e portanto só levou o que conseguia carregar nos milhentos sacos e pacotes que os acompanharam.  Será que voltaram para a Roménia? Ou ter-se-ão mudado para outro qualquer país da Europa? Acho que isto é um sinal do estado em que está Portugal, tão mau, tão mau, tão mau que até os Romani se vão embora... Ou será que os Romani se vão sempre embora, mais cedo ou mais tarde, seja de onde fôr apenas porque são nómadas?

quinta-feira, 2 de maio de 2013

COISAS QUE EU DETESTO - Ganância - 2

Li ontem no Público que um cavalheiro, que foi Governador Civil de Coimbra e, posteriormente, deputado na Assembleia da República, decidiu requerer, ao abrigo do período de carência de aplicação da lei estabelecido na lei (do governo de José Sócrates) que (ex)terminou as subvenções vitalícias a que os deputados tinham direito após alguns anos no exercício das funções, a sua subvenção vitalícia. Acontece que o dito cavalheiro só tem o número de anos suficiente para ter direito à subvenção somando os anos em que exerceu o cargo de Governador Civil aos anos em que foi deputado. E acontece que ele não suspendeu as funções de deputado para exercer as de Governador Civil, ou seja, nunca tinha sido deputado antes de ser Governador Civil. E portanto a Presidente da Assembleia da República recusou atribuir-lhe a dita subvenção por considerar que ele não tem direito a ela. E não é que ele contratou um advogado e pôs um processo em tribunal ao estado contestando a decisão da Presidente da A.R.?!? Espero que o tribunal dê razão à Presidente da A.R e confirme a recusa e que a ganância dele o leve apenas a gastar umas centenas ou milhares de euros com os honorários do advogado e as custas de justiça.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - Capítulo IV




SIC, noticiário das 13H00 de hoje:
Notícia sobre as manifestações  das Centrais Sindicais. A jornalista diz que a manifestação da UGT vai concentrar-se no Marquês de Pombal e depois “vai descer Avenida da Liberdade abaixo”.

(Suponho que ela pense que a manifestação também podia subir Avenida da Liberdade abaixo...)

CMTV, tarde de hoje, sobre as manifestações em Lisboa:
 As imagens captadas de um helicóptero vão "descendo" a Av. Almirante Reis por onde sobe a manifestação da CGTP. O jornalista vai relatando as imagens como a manifestação da UGT que desce a Av. da Liberdade "Estamos quase a chegar aos Restauradores". Só se toca da asneira e emenda atabalhoadamente quando as imagens em vez de "chegarem" aos Restauradores "chegam" ao Martim Moniz.

(onde será que mora o jornalista? em Lisboa não deve ser com certeza ou  distinguiria a Av. da Liberdade da Av. Almirante Reis)

TVI24, tarde de hoje, final da manifestação da CGTP na Alameda:
O jornalista entrevista Arménio Carlos que terminou o seu discurso. A legenda em rodapé diz: "Martim Moniz - manifestação da CGTP"

(o legendarista também não deve morar em Lisboa e deve ter estado a dormir toda a tarde ou saberia que a manifestação terminou na Alameda)

COISAS QUE EU DETESTO - Ganância

Acabei de ler nos e-jornais que, apesar da cadeia de supermercados que no 1º de Maio do ano passado fez a campanha de 50% de desconto para compras de valor superior a 100 euros, ter divulgado antecipadamente aos média que não iria repetir a campanha este ano, bandos de gente mesquinha e gananciosa fizeram filas gigantescas, logo pela manhã, antes da hora de abertura, à porta das lojas da dita cadeia na mira de voltarem a atafulhar-se de compras a metade do preço. Bem feito que "deram com os burrinhos na água"!

Dar com os burrinhos na água

BANALIDADES - Os meus vizinhos Romani




 Um dos prédios em frente ao prédio onde moro é habitado por um clã (ou vários) de famílias Romani (ciganos romenos), homens novos e velhos, mulheres novas e velhas e várias crianças, à vontade umas 30 a 40 pessoas. À parte de vez em quando fazerem umas barulheiras entre eles que extravazam para a rua em grandes e teatrais alaridos, ou que obrigam a deslocações da polícia (chamada por eles mesmos) ao prédio, não incomodam. Na realidade até dão colorido à rua pelas roupas das mulheres e das meninas, uma explosão de cores e padrões, dos lenços que usam na cabeça, passando pelas saias até aos pés, e terminando nas sandálias de cunha abertas que quando está frio são complementadas com meias de cores berrantes. Ao que me tem sido dado observar os homens trabalham na construção civil e as mulheres circulam pela cidade pedindo esmola e vendendo almanaques Borda d’Água. E vão buscar cabazes de alimentos ao posto do Banco Alimentar da Igreja aqui da rua, já por mais do que uma vez vi o mulherio a sair de lá carregado de sacos de compras. O que não deixa de ser estranho pois em contraponto também já as vi chegar a casa de táxi várias vezes...

E, pelos vistos, também têm dinheiro para pagar bilhetes de avião, ou de comboio, ou de autocarro... Porque ontem foram viajar. Bom... também podiam estar a mudar de casa (não sei se as casas que habitam são arrendadas com mobília) mas pelo adiantado da hora – passava das 10 da noite – e porque ficaram nas varandas trotinetes, bicicletes e outras tralhas das crianças que sempre têm estado “arrumadas” lá, presumo que apenas foram viajar, talvez visitar o resto do clã à Roménia??? E adorava tê-los visto a entrar no meio de transporte, quer tenha sido o check-in para um avião, ou um comboio, ou um autocarro. Porque eram muitos, (quase todos, acho que só ficou um casal que tem apenas uma criança e muito melhor aspecto do que todos os outros, e que embora também seja Romani suspeito que não pertença ao mesmo clã dos restantes), e a bagagem era constituida por sacões, sacos, saquinhos e saquetas e pacotes e pacotões à média de 3 ou 4 volumes por cada membro do  grupo. Sairam  daqui  em  dois  táxis e em 3 ou 4 viagens do carro (chaço podre de velho) de um deles que ia largar bagagem e passageiros longe pois demorava imenso tempo a regressar.