quarta-feira, 1 de maio de 2013

BANALIDADES - Os meus vizinhos Romani




 Um dos prédios em frente ao prédio onde moro é habitado por um clã (ou vários) de famílias Romani (ciganos romenos), homens novos e velhos, mulheres novas e velhas e várias crianças, à vontade umas 30 a 40 pessoas. À parte de vez em quando fazerem umas barulheiras entre eles que extravazam para a rua em grandes e teatrais alaridos, ou que obrigam a deslocações da polícia (chamada por eles mesmos) ao prédio, não incomodam. Na realidade até dão colorido à rua pelas roupas das mulheres e das meninas, uma explosão de cores e padrões, dos lenços que usam na cabeça, passando pelas saias até aos pés, e terminando nas sandálias de cunha abertas que quando está frio são complementadas com meias de cores berrantes. Ao que me tem sido dado observar os homens trabalham na construção civil e as mulheres circulam pela cidade pedindo esmola e vendendo almanaques Borda d’Água. E vão buscar cabazes de alimentos ao posto do Banco Alimentar da Igreja aqui da rua, já por mais do que uma vez vi o mulherio a sair de lá carregado de sacos de compras. O que não deixa de ser estranho pois em contraponto também já as vi chegar a casa de táxi várias vezes...

E, pelos vistos, também têm dinheiro para pagar bilhetes de avião, ou de comboio, ou de autocarro... Porque ontem foram viajar. Bom... também podiam estar a mudar de casa (não sei se as casas que habitam são arrendadas com mobília) mas pelo adiantado da hora – passava das 10 da noite – e porque ficaram nas varandas trotinetes, bicicletes e outras tralhas das crianças que sempre têm estado “arrumadas” lá, presumo que apenas foram viajar, talvez visitar o resto do clã à Roménia??? E adorava tê-los visto a entrar no meio de transporte, quer tenha sido o check-in para um avião, ou um comboio, ou um autocarro. Porque eram muitos, (quase todos, acho que só ficou um casal que tem apenas uma criança e muito melhor aspecto do que todos os outros, e que embora também seja Romani suspeito que não pertença ao mesmo clã dos restantes), e a bagagem era constituida por sacões, sacos, saquinhos e saquetas e pacotes e pacotões à média de 3 ou 4 volumes por cada membro do  grupo. Sairam  daqui  em  dois  táxis e em 3 ou 4 viagens do carro (chaço podre de velho) de um deles que ia largar bagagem e passageiros longe pois demorava imenso tempo a regressar.

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