domingo, 29 de dezembro de 2013

DE PASSAGEM - Boas Festas

Com o patrocínio da Câmara Municipal, dos Serviços de Limpeza Urbana e dos cidadãos de Lisboa.














terça-feira, 24 de dezembro de 2013

BANALIDADES - Natal

Em greensavers.sapo.pt, hoje:

«Rodolfo, a rena de nariz encarnado, o Pai Natal e os duendes são figuras que fazem parte do folclore natalício. A mitologia à volta do nariz vermelho de Rodolfo foi ganhando vida ao longo das décadas, mas os cientistas acreditam ter encontrado explicação para o que era até agora aceite como inexplicável.
Utilizando imagens térmicas, um grupo de investigadores suecos descobriu que os narizes das renas parecem avermelhados devido ao aumento do fluxo sanguíneo naquela área que impede o nariz de congelar.
Contrariamente ao resto do corpo, que está coberto por uma camada de pêlo isoladora, os narizes das renas estão expostos a temperaturas muito baixas. Mas, aumentando o fluxo sanguíneo na região do nariz e dos lábios, através da dilatação dos vasos sanguíneos, as renas conseguem manter a sensibilidade da zona, que é essencial para conseguirem procurar alimento e, ao mesmo tempo, impedir que congele.
“Quando as renas se estão a alimentar, o crânio está exposto a temperaturas muito baixas, uma vez que procuram comida debaixo da neve”, afirma Ronald Kröger, professor de zoologia funcional na Universidade de Lund, citado pela imprensa. “As renas desenvolveram um mecanismo para aumentar a quantidade sangue no crânio, o que significa que as partes mais sensíveis, como o nariz e os lábios, podem ficar mais vermelhas devido ao aumento do fluxo sanguíneo”, explica.
Rodolfo foi uma personagem concebida por Robert L. May em 1939, num conto de Natal.»

sábado, 21 de dezembro de 2013

DE PASSAGEM - Está tudo doido?!?!

Parece que o número 7 anda a dar azar para 6 na zona da costa entre a Trafaria e o Cabo Espichel. 

Há 8 dias, na zona da Praia do Meco, 7 estudantes foram arrastados da praia por uma onda, um salvou-se, já foi recuperado um cadáver e ainda há 5 desaparecidos que, obviamente, também já são cadáveres. Hoje uma embarcação de recreio com 7 pessoas a bordo naufragou na zona da Costa de Caparica, 6 morreram, 1 salvou-se.

O que eu acho mesmo estranho é o que é que 7 estudantes universitários estavam a fazer na praia, na zona de rebentação, no Inverno, à noite e vestidos de capa e batina???? E o que é que os 7 que naufragaram hoje andavam a fazer no mar, num pequeno barco de recreio, num dia de fortes marés vivas em que o mar não tinha condições para navegar????

Só podem ser doidos que gostam de arriscar a vida...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

PODE??? - Obrigatório responder

Atendi uma chamada de um número não identificado no meu telemóvel. Já estava à espera que fosse um 'telemarketing' qualquer e foi, aliás, por isso mesmo que atendi, por regra não atendo números não identificados mas quando começa a haver uma grande insistência, como foi o caso, atendo para despachar o assunto e me livrar da insistência porque os 'telemarketers' não desistem enquanto não são atendidos. Era uma gravação do Banco com um inquérito de satisfação ao cliente. A gravação informava que as respostas deviam ser dadas usando o teclado do telefone de 1 a 5 sendo 5 "muito satisfeito" e 1 "nada satisfeito". E acrescentava que se não fosse oportuno responder naquele momento bastava carregar a tecla 6 e eles voltariam a ligar 2 horas depois. E mais nada, ou seja, o meu direito a não querer responder à porcaria do inquérito... não era opção, eles iam continuar a "melgar" de duas em duas horas até eu responder. Resolvi o assunto respondendo tudo a 1 sem sequer prestar atenção às perguntas. Mas achei isto o cúmulo do descaramento  e nem acredito que seja legal, a opção "não quero responder" tem com certeza de estar contemplada. Só espero que todos os clientes fiquem tão indignados como eu com o abuso e respondam tudo a "nada satisfeito" como eu fiz, pode ser que isso faça o Banco perceber que falta a opção "não quero responder".

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

BANALIDADES - Confusão na escada



Ontem, por volta das 8 da noite, a campainha aqui de casa tocou insistentemente acompanhada de noc-noc-noc repetido e vigoroso na porta. Como já referi em posts anteriores, nunca abro a porta nestas circunstâncias, falo sempre sem abrir a porta e despacho os vendedores sem abrir a porta. E desta vez nem me mexi, estava sentada na sala e limitei-me a gritar bem alto “Quem é?” e voltar a gritar bem alto “Não estou interessada!” depois de ouvir uma voz a dizer que era da PT Comunicações (da qual por acaso até sou cliente, mas nem isso informei aos “batedores de porta”). Mas fiquei a pensar que era inacreditável que esta gente entrasse nos prédios e batesse assim às portas dos moradores aproveitando encontrarem a porta do prédio aberta, ou algum morador lhes abrir a porta do prédio. Enquanto pensava isto ouvi tocarem a campainha e baterem na porta do apartamento do lado com a mesma insistência e vigor que tinham usado em minha casa. E as velhotas que lá moram, em vez de fazerem o que eu fiz, abriram a porta. E comecei então a ouvir duas vozes, uma de mulher e outra de homem, a venderem “o seu peixe” com a mesma insistência com que tinham batido às portas, as senhoras a dizerem que não estavam interessadas e eles a insistirem e insistirem e insistirem. De repente aparece uma quarta voz, a do vizinho do andar por baixo do das velhotas, que é também um velhote e administrador do condomínio. A desatinar com os vendedores e a dizer que eles não podiam andar dentro do prédio a chatear toda a gente e que tinham de sair do prédio. Eles reagiram mal, defendendo o seu direito a fazerem o seu trabalho, com a mulher aos gritos que tinha de trabalhar “para pagar os estudos”, e as vozes foram subindo de tom e apareceu uma 5ª voz (presumo que da mulher do administrador) que gritava, em pânico, “Ó Zé! Vem embora!”, “Ó Zé! Ó Zé! Ó Zé!”. Eu já estava a ver que tinha de ir à escada dar um berro para acabar com a confusão, (ou chamar a polícia, ou o vizinho que tem o restaurante aqui ao lado para acalmarem os ânimos se achasse que o meu berro não ia ser suficiente), mas entretanto a confusão amainou e os vendedores, sempre a refilar, foram embora. Mas de facto não percebo que raio de resultados estes vendedores obtêm com este comportamento invasivo, agressivo e mal-educado. Tudo bem que vão bater às portas das pessoas pois é mesmo para isso que são contratados, mas se tivessem um mínimo de educação e respeito pelos outros faziam a abordagem casa a casa através da campainha da porta do prédio e só entravam para se dirigirem aos apartamentos que lhes tivessem concedido entrada no prédio em vez de, como fazem, aproveitarem apanhar as portas dos prédios abertas, ou algum morador lhas abrir, para irem bater agressivamente às portas de todos os moradores. Os serviços da PT Comunicações que eu uso até foram contratados através de um destes vendedores porta a porta, mas foi com uma vendedora bem educada, que tocou a campainha da porta do prédio, me disse ao que ia pelo intercomunicador, entrou porque eu lhe abri a porta e se limitou a ir deixar-me informação sobre o serviço e um número de telefone para eu a contactar se decidisse contratar o serviço, o que acabei por fazer alguns dias depois quando decidi que me interessava.  Com um vendedor com o comportamento destes que apareceram aqui ontem... nunca iria fazer negócio nem que  já soubesse que estava interessada em contratar o serviço

domingo, 1 de dezembro de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - XIV

No e-DN, hoje:

«O ator Paul Walker, protagonista da série de ação Velocidade Furiosa morreu sábado aos 40 anos, vítima de um acidente de aviação, confirmou o seu agente.
(...)
O ator seguia no Porsche Carrera vermelho de um amigo em Los Angeles quando se deu o acidente.(...)»

Será que para o DN um Porsche Carrera é um avião...  ou para o DN um acidente de automóvel é um acidente de aviação???

sábado, 30 de novembro de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - XIII

Título de notícia no SAPO-notícias sobre o avião da LAM que se despenhou na Namíbia:

«Moçambique/LAM: Queda fez desaparecer avião do radar - relatório preliminar»


Obviamente que se o avião caiu... desapareceu do radar, não era preciso nenhum relatório para chegar a essa conclusão. O que na realidade diz o relatório, como, aliás, está escrito no próprio corpo da notícia, é que o avião caiu vertiginosamente até desaparecer do radar.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - XII



CMTV, noticiários de ontem à noite e de hoje, notícia sobre o sequestro num restaurante em Pinhal Novo:

Em todas as notícias dizem que o GNR que foi morto neste sequestro era natural "da pequena aldeia de Vila Nova de Santo André". Vila Nova de Santo André é uma cidade, a pequena aldeia "Santo André", que faz parte da  freguesia, chama-se mesmo "aldeia",  Aldeia de Santo André e não é a única aldeia da freguesia de Vila Nova de Santo André. Se a CMTV dissesse "duma pequena aldeia de VNSAndré", embora isso correspondesse a várias hipóteses, ...estava tudo certo, mas "da pequena aldeia de VNSA"...

E transmitem uma reportagem em que entrevistam o dono do restaurante que afirma que a granada que explodiu na rua, à porta do restaurante, foi lançada para a rua por ele próprio depois de em luta com o sequestrador  lha ter retirado  das mãos já despoletada.

A seguir à emissão desta reportagem o locutor do noticiário informa que foi o sequestrador que lançou a granada para a rua.

Está visto que o rigor dos jornalistas da CMTV é tão grande que, além de trocarem os nomes das terras, confundindo uma freguesia com uma das suas localidades, nem sequer às suas próprias reportagens prestam atenção...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

COISAS QUE EU DETESTO - Desculpas esfarrapadas

Fui comprar cigarros, repito CIGARROS, a um café de bairro onde vou algumas vezes e onde já várias vezes comprei cigarros, repito CIGARROS. Não havia a marca que costumo comprar e o stock estava mesmo em baixo, não havia praticamente nada. Entre o quase nada estavam uns maços, iguaizinhos aos maços de cigarros, com uma marca qualquer esquisita e minha desconhecida. Perguntei à senhora do café quanto custavam "aqueles CIGARROS" e tinham um preço baratézimo. Julguei que era uma nova marca de cigarros em campanha promocional de lançamento (que agora é "moda") e pedi-lhe um maço. Ela deu-mo e, por sorte, resolvi ler o maço antes de o abrir. E descobri que não eram cigarros mas sim cigarrilhas (ou seja, "mata-ratos" ou não seriam daquele preço nem mesmo em campanha promocional). Disse à senhora "Isto não são cigarros são cigarrilhas, eu fumo cigarros, não fumo cigarrilhas.", resposta dela, toda pespineta "Eu não fumo, não sei nada disso.". A minha vontade foi mandá-la para um sítio começado por c. Ou, pelo menos, dizer-lhe que se não sabia nada dum produto que tinha à venda era uma grandessíssima incompetente, ou que se não fuma e isso a impede de ter conhecimentos sobre produtos de tabaco o melhor era não ter produtos de tabaco à venda. Não disse nada, fiquei-me por pensar, mas certo e seguro que nunca mais lá compro cigarros nem que tenha de  ir mais longe enfrentando uma tempestade, ou que tenha de ficar sem cigarros, como, aliás, já não comprei hoje, apesar de no stock diminuto ainda existirem mais umas duas ou três marcas. Porque esta gente tem comércios que dependem dos clientes mas deve achar que os clientes é que dependem da loja, que faz um grande favor aos clientes por ter a loja aberta. O que é que interessa se ela fuma ou não fuma, se bebe ou não bebe bebidas alcoólicas, se come  ou  não come chocolate, se consome ou não consome seja lá o que fôr que tem à venda no estaminé?!?!?! Se tem os produtos à venda  tem de ter um mínimo de conhecimento sobre eles quer os consuma ela própria quer não, e não pode dar cigarrilhas a quem lhe pede cigarros e, muito menos, pode responder que o fez porque não fuma e não percebe nada disso sem sequer pedir  desculpa pelo erro causado pela sua ignorância.

domingo, 17 de novembro de 2013

DE PASSAGEM - Pode?

Hoje ouvi uma conversa, na rua, entre uma velhota aí dos seus 70 e muitos e outra mulher de uns 40's que a acompanhava. A velhota dizia que continuava a ter muitas saudades e pena do seu cãozinho e que todos os dias se lembrava dele. Quando ouvi isso pensei que o cãozinho tivesse morrido atropelado ou algo no género. Mas depois, pela continuação da conversa, percebi que o animal tinha sido morto à pancada pelo marido da senhora e que ela o tinha desculpado porque ele pedira desculpa e lhe oferecera uma cadelinha. PODE??? Coitada da cadela, o mais certo é também ser morta à pancada um dia qualquer. Como é possível a senhora desculpar o marido em vez de correr com ele de vez para bem longe??? Ou fugir ela para bem longe dele???? É que alguém que mata um cão à pancada também não deve ter o menor problema em matar uma pessoa da mesma maneira. Ou seja a senhora está em risco tal como a cadela. Estas pessoas que aguentam o convívio diário com um agressor têm um grave problema elas próprias e deviam procurar um psi qualquer para o resolverem e conseguirem libertar-se do agressor.

sábado, 16 de novembro de 2013

HISTÓRIAS ANTIGAS - O distraído




Pelos meus 19 anos tive um namorado, da mesma idade, que era músico e que fazia jus ao estereótipo do artista “aéreo”, distraído. As histórias que se seguem, que lembrei recentemente por causa duma conversa com um amigo, foram protagonizadas por ele e ainda hoje me fazem rir.



Eu estava em casa do meu namorado e ia lá jantar. Ele era o “patriarca” da família, vivia com a mãe, a irmã e a avó e nunca fazia nadica de nada  em casa, mas nesse dia, dada a minha presença e instado por todo o mulherio da família, foi ele quem pôs a mesa. O menu era carne assada com puré de batata. Servi-me eu, com a primazia de visita, serviu-se a avó, serviu-se a mãe, serviu-se a irmã  e ficámos todas à espera que ele se servisse para começarmos a comer. Ele serviu-se com mil cuidados, umas colheres de puré fazendo um monte no meio do qual abriu uma cova, umas fatias de carne, e umas generosas colheradas do molho da carne que despejou na cova do monte de puré. Nesse momento todos observámos com estranheza o molho castanho a alastrar pela toalha fazendo uma nódoa gigante à volta do prato. Foi então que percebemos que não havia prato e que ele se tinha servido com mil cuidados para a toalha à sua frente. Os pratos usados lá em casa eram de vidro transparente e liso e ele esquecera-se de colocar prato no lugar dele e, com a sua “cabeça no ar”, conseguira servir-se sem reparar que estava a colocar a comida na toalha e não no prato. E fê-lo com tal naturalidade e convicção que também nenhuma de nós reparou que ele não tinha prato. Apesar da porcaria que o incidente causou e de termos sido obrigados a levantar e voltar a pôr a mesa antes de começarmos a jantar o absurdo da situação foi tão cómico que só deu para rir.





Uma tarde, depois do almoço, eu e o  meu namorado, ligeiramente “mocados” com um charrito que tinhamos fumado pelo caminho, entrámos no café para tomar a bica. O café estava completamente cheio com montes de pessoas em cada mesa, mas na mesa mais ao fundo, num cantinho, sózinho com os seus livros e papelada, a estudar, estava o namorado da irmã dele, um super atinadinho e arrumadinho aluno de direito e militante da UEC. Fomos perguntar se podíamos sentar-nos lá para tomar o café. Ele ficou um bocado incomodado mas a nossa relação com ele era cordial e, portanto, aguentou-nos, afastando a papelada para nos dar espaço, embora com um sorriso um bocado amarelo. Pedimos os cafés e copos de água e, assim que o empregado os colocou na mesa, o meu namorado em um, dois, três, deu um piparote num dos copos de água que tombou encharcando a papelada e os livros do arrumadinho. Como não bastasse, com a atrapalhação de remediar a asneira e na tentativa de salvar a papelada do banho, levantou-se de rompante deixando cair o cigarro aceso que tinha na mão para dentro da pasta do arrumadinho que estava, aberta, no chão ao lado da mesa. Nesta altura dos acontecimentos eu, que estava a tentar controlar o riso para não irritar (mais) o arrumadinho, explodi em gargalhadas, num ataque de riso incontrolável, pondo toda a gente a olhar para nós e a rir contagiada pelo meu riso. O meu namorado, que também já não conseguia controlar o riso, lá conseguiu apanhar o cigarro antes de causar um incêndio a seguir à inundação. E o coitado do arrumadinho, cujo sorriso cordial passara de amarelo a verde no meio da gargalhada geral que estrondeava por todo o café, arrumou tudo dentro da pasta e fechou a dita cuja ficando à espera que nós bebêssemos os cafés e fôssemos embora para retomar a sessão de estudo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A MINHA RUA É UM FARWEST - Briga brava

Uma gritaria gigantesca na rua, várias vozes alteradas falando sem parar das quais se destaca uma voz de mulher que é a que mais grita e mais fala. (Não, não é a vizinha borrachona, as vozes são muito mais agudas do que a dela e quando fui à janela tentar perceber qual era a "maca" vi-a na varanda). A "maca" é na esquina da rua à porta dum café onde nunca entrei porque nunca gostei da "pinta" do dito. Mas as árvores impedem-me de ver exactamente o que se passa. E também não consigo perceber nada das palavras que são ditas à excepção de um ou outro palavrão de alto calibre que se destaca de vez em quando. No entanto deu para ver que estão 4 carros de polícia a (tentar) controlar a confusão, duas carrinhas da Polícia Municipal e um carro e uma carrinha da PSP, ou seja acho que já devem estar lá mais polícias do que beligerantes mas, pelos vistos, não estão a conseguir acabar com a briga pois a gritaria continua.Suspeito que isto só vai acabar com uns tantos a serem detidos quando a polícia perder a paciência.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - XI

Notícia no e-Correio da Manhã sobre a morte do editor discográfico Rui Valentim de Carvalho:

«David Ferreira, sobrinho de Rui Valentim de Carvalho, destacou a "pessoa muito generosa" e o "homem de visão" que, com sua mulher, Maria da Graça, "tornou a Valentim de Carvalho [VC]", fundada pelo seu irmão, em 1914, "na grande empresa de referência".»

Maria da Graça era irmã de Rui Valentim de Carvalho e não mulher, e Valentim de Carvalho, fundador da empresa, não era seu irmão mas sim seu tio. A notícia não só troca as relações familiares como está redigida de uma forma que parece que foi David Ferreira que afirmou que Maria da Graça era mulher de RVC e VC seu irmão o que é, obviamente, impossível pois enquanto familiar próximo sabe perfeitamente quais os graus de parentesco entre eles.

Mas não é preciso ser familiar  nem sequer próximo para se saber qual o grau de parentesco entre eles, existe uma biografia de VC ("Sons de Lisboa" da autoria de José Sarmento de Matos) que o jornalista (jornalista????) já que queria colocar tantos pormenores na notícia podia - e devia - ter consultado antes de a redigir.

O e-Sol também repete a bacorada. 

Noutros média não aparece esta troca de relações familiares. Portanto presumo que isto foi uma invenção de um jornalista (jornalista?!?!?) do CM e o SOL copiou a notícia, ou vice-versa.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

COISAS DE QUE EU GOSTO - Gradeamentos de varanda

Bom... não gosto de todos (os gradeamentos de varanda) mas gosto de alguns. Os que se seguem em fotos são dum conjunto de prédios que ocupam um quarteirão inteiro do Bairro chamado "dos Actores" (em Lisboa). Não sei de que côr eram originalmente. Actualmente há várias versões de colorido sendo que a que tem os pormenores a branco e o resto a escuro, embora eu duvide que fosse a original e também não a ache especialmente bonita, é sem dúvida aquela que permite ver melhor os ditos pormenores. Fora deste quarteirão os prédios do bairro não têm estes gradeamentos nas varandas. E não sei se  corresponde a algum estilo arquitectónico?!?!? Dada a data em que aquela zona foi urbanizada e as figuras utilizadas (incluindo as esferas tipo "armilar" no remate de todos os gradeamentos), deve ser "estilo estado novo".











quinta-feira, 31 de outubro de 2013

PODE??? - Grande capacidade de observação

Ontem, como às vezes faço, fui à rua mal me levantei comprar pão fresco (e jornal fresco) para o pequeno almoço. Quando voltei para casa, ainda não eram 8 horas, cruzei nas escadas com uma senhora que mora no andar de baixo e ia a sair. Cumprimentei-a, como sempre cumprimento os vizinhos com quem cruzo. Quando saí depois do almoço,  a dita vizinha estava à porta das minhas vizinhas do lado (duas irmãs velhotinhas e simpáticas) a conversar com elas. Eu parei um bocadinho a falar com elas porque já não nos encontrávamos há muito tempo e elas fizeram uma grande "festa" quando me viram. A vizinha do andar de baixo comentou que eu era muito simpática e que havia outra senhora muito simpática no prédio que às vezes passava por ela nas escadas e sempre a cumprimentava e que ela não sabia onde morava. Eu estava com uma roupa diferente da que usara de manhã para ir ao pão e com o cabelo, que de manhã estava solto, apanhado num coque. Suspeitei que a outra senhora simpática também era eu e perguntei-lhe "Encontrou essa senhora a entrar no prédio hoje às 8 da manhã?", ela confirmou e perguntou se eu sabia quem era. Agradeci-lhe a dupla classificação de simpática e disse-lhe que era eu, com outra roupa e outro penteado. E ela, com um ar muito admirado, disse que pelos vistos era fácil de enganar, bastava uma mudança de roupa e de penteado para ela achar que eram duas pessoas diferentes. De facto... a capacidade de observação dela deixa um bocado a desejar.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - X

Título de notícia no e-DN de hoje:

«Último pescador desaparecido encontrado perto de Pombal»


O subtítulo e a notícia dizem que o corpo foi encontrado "a sul da praia de Osso da Baleia, Pombal", o que está correcto pois Osso da Baleia é concelho de Pombal.

Mas Pombal fica no interior a 30 ou 40 kms da costa. Não sei se o redactor considera 30 ou 40  kms  "perto"  no  contexto  da  notícia, ou  se  não percebe nada  de  geografia nem  está interessado em perceber...


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

BANALIDADES - Os meus vizinhos Romani - Epílogo



Os Romani que ainda ficaram no prédio aqui em frente depois da mudança, que relatei em “BANALIDADES - Os meus vizinhos Romani -2”, desapareceram na semana passada (e as casas que ocupavam estão com letreiros de “arrenda-se”). Alguns dias antes de ter deixado de os ver assisti a uma cena de um homem, com outros dois atrás tipo “guarda-costas”, a desatinar com eles, na rua, à porta do prédio,  em altos berros, por causa da falta de pagamento da renda da casa. Portanto presumo que foram despejados. Embora, entretanto, tenha sido noticiado nos média a detenção de um grupo de Bósnios-Romani que se dedicava ao roubo de carteiras e à mendicidade e que tinha em seu poder umas dezenas de crianças, subnutridas e  mal-tratadas no que respeita a higiene e a saúde, que não eram suas familiares e que eram usadas na mendicidade, suponho que estes Romani não fizessem parte desse grupo. Porque, tanto quanto me foi dado observar, apesar de terem bastantes crianças, quando aparecia um recém-nascido tinha havido antes uma mulher grávida, as crianças não estavam subnutridas nem mal-tratadas, as que tinham idade escolar saiam todas as manhãs e voltavam todas as tardes, com as meninas vestidas com calças em vez das suas habituais saias compridas, carregando mochilas, os homens voltavam todas as tardes sujos como operários da construção civil, e o mulherio andava por aí pelas redondezas vendendo o Borda d’Água (e, ao que consta, fazendo pequenos roubos em lojas) mas não pedindo esmola.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

DE PASSAGEM - A Santa ex-desconhecida da Procissão da Sra. da Saúde

Finalmente!!! Descobri!!! E não é nenhuma das minhas suspeitas (a iconografia dos santos da igreja católica é mesmo repetitiva salvo algumas excepções, é difícil identificar um santo pela sua imagem pois há vários parecidos e também várias representações diferentes do mesmo santo, esta imagem da Ermida da Senhora da Saúde tem um livro aberto numa das mãos e nas minhas pesquisas não encontrei nenhuma outra imagem desta santa com um livro aberto na mão).

Hoje passei no Martim Moniz e para minha - agradável - surpresa a Capela da Senhora da Saúde estava aberta. E para surpresa ainda mais agradável não estava a decorrer nenhuma missa. Lá dentro estavam apenas duas ou três pessoas a rezar. Portanto deu para eu entrar e ver bem a capela (que só tinha visto mal  há uns anos atrás quando a encontrei aberta mas com uma missa a decorrer e só deu para espreitar) e, melhor ainda, os santos estão identificados pelo que me bastou encontrar a imagem da Santa Desconhecida para deixar de ser desconhecida. 

É Santa Ana. 

Que não sei porque participa na procissão, talvez por ser a mãe da figura principal? É que a razão de todos os outros santos participarem na procissão eu descobri, e tem a ver com a história da capela. Mas a Santa Ana não tem nada a ver com a história da capela e descobri hoje que há mais santos na capela além dos que participam na procissão. Portanto não é um caso de "Maria vai com as outras", ou de "Ana vai com os outros", para não ser a única a ficar na capela enquanto todos os outros desfilam engalanados na procissão, e não sei porque é dada a Santa Ana a prerrogativa de participar na procissão?!?!? 

Ser a mãe de Nossa Senhora é uma hipótese (?!?!). Mas vislumbro outras, se calhar mais lógicas, a Santa Ana pode ser a Santa Ana orago do Convento de Sant'Ana que existia no Campo de Santana (hoje Campo dos Mártires da Pátria) e ter sido "exilada" para a Ermida quando o dito convento desapareceu, ou toda aquela zona podia ser freguesia (religiosa) de Santana por causa do convento?!?!? Hoje o nome Santana só subsiste na Calçada de Santana, na designação dada à colina, embora a colina também seja chamada de colina da Pena (nome da freguesia administrativa até agora que foi agregada com São Jorge de Arroios e Anjos e passou a chamar-se  Arroios) e na boca de muitos lisboetas que continuam a chamar Campo de Santana ao Campo dos Mártires da Pátria (tal como chamam Terreiro do Paço à Praça do Comércio).

Bom... levei quase seis meses para descobrir que a Santa Desconhecida é Santa Ana, talvez daqui a seis meses consiga descobrir porque é que ela tem direito a participar na procissão.

domingo, 29 de setembro de 2013

PODE??? – Já enganaram mais uns



Saí, em Dezembro do ano passado, da casa onde vivia para esta onde estou agora porque essa casa, um 3º e último andar de um prédio, com uma renda actual, metia água por onde calhava sempre que chovia com alguma intensidade. O problema tinha causas diversas, na maior parte era água que transbordava das caleiras entupidas por fezes, ninhos, ovos e cadáveres de pombo e se espalhava pelo forro do prédio entrando para a casa nos pontos onde existiam fragilidades, noutros  sítios as causas eram outras, placas de cobertura mal isoladas, chaminé sem protecção. Depois de um ano e tal em constante sobressalto de cada vez que chovia, com a casa cada vez mais cheia de manchas de infiltrações e de humidade,  e sem conseguir resolver o problema por mais que me esforçasse e insistisse,  a lei não protege os inquilinos de senhorios vigaristas e os meus esforços esbarravam sempre na enorme incompetência e laxismo e vigarice da Associação Lisbonense de Proprietários, que fazia a gestão do prédio em representação do proprietário, um emigrante residente nos EUA que nunca conheci, desisti de “lutar contra moínhos de vento” e mudei de casa. Durante meses e meses a casa nem sequer voltou a ser colocada no mercado de arrendamento. Agora, depois de uns  meses de tempo seco, está novamente ocupada. Ou seja, obviamente estiveram à espera do tempo seco para poderem disfarçar as infiltrações com umas demãos de tinta e enganarem mais uns inquilinos incautos como eu fui quando me mudei para lá, no final duma Primavera sem chuva, e não havia sinal de infiltrações. Aposto que com a chuva que tem caído nos últimos dias a casa já meteu água em vários sítios e coitados dos inquilinos, vão acabar por se mudar tal como eu fiz a menos que não se importem de viver numa casa cheia de humidade e em risco permanente de entrar mesmo água em pingos, provocando estragos nos móveis ou electrodomésticos que levarem com eles. Só espero que não sejam tão educados e honestos como eu, (que me limitei a não dar o aviso prévio de 4 meses, avisei que ia sair com menos de um mês de antecedência alegando a falta de condições de habitabilidade da casa, que era real e eu tinha largamente documentada com fotografias e testemunhas e troca de correspondência com a ALP), e que fiquem mesmo a dever rendas, ou façam estragos antes de sair, ou partam a cara a alguém da ALP, pois inquilinos do pioriu é o que os senhorios vigaristas merecem.

sábado, 21 de setembro de 2013

BANALIDADES - Publicidade massacrante

Desde 5ª feira que anda uma carro a circular aqui pela zona com um cartaz e altifalante aos berros "Venha conhecer a padaria do seu bairro", e música, e mais "blá blá",  fazendo publicidade à Padaria Portuguesa da Rua Morais Soares. Não sei se anda só aqui pela zona fazendo publicidade apenas a essa PP ou se anda pela cidade inteira publicitando as milhentas PP's que existem e eu é que só o vi aqui. Conheço a PP da Morais Soares e mais duas ou três das várias que existem e a minha opinião sobre elas é um bocado dúbia, aprecio o atendimento muito simpático que existe em todas elas, gosto de alguma doçaria que vendem, que não só é de boa qualidade como não é facilmente encontrável (por exemplo o pão-de-ló húmido, tipo Alfeizarão ou Ovar, à fatia), mas acho a decoração pirosa e o pão carézimo e, salvo algumas muito poucas excepções, em variedades que se encontram com a mesma qualidade e muito mais baratas numa qualquer verdadeira padaria. E detesto ser massacrada com publicidade, além de achar de muito mau gosto andarem a dizer "Venha conhecer a padaria do seu bairro" classificando de padaria uma loja que, apesar de também vender pão, de padaria só tem o nome, numa zona onde existem várias verdadeiras padarias de bairro. Resumindo, de cada vez que levo com a música e a conversa a minha vontade de frequentar a PP da Morais Soares, ou outra PP qualquer, reduz-se mais um pouco. Mas provavelmente funcionará positivamente com a maioria das pessoas?!?!? E, mal por mal, já que querem fazer publicidade, antes este massacre sonoro do que espalharem papéis a sujar as ruas.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

PODE??? - A moda das dietas

Parei para tomar café numa esplanada. Numa mesa ao lado estavam 4 raparigas de 20 anos mais coisa menos coisa. Durante os 10, 15 minutos que lá estive a conversa delas era sobre fazer dietas e exercício físico. Uma estava a fazer a dieta da fruta (ao que percebi não consiste em comer fruta mas sim em se abster de comer fruta?!?!), outra a dieta idiota de não sei o quê e outra a dieta idiota de não sei que mais. Só uma, apesar de alinhar na conversa das dietas e na adesão à dieta, disse alguma coisa com sentido, que a única dieta que ia fazer era à noite só jantar sopa e trocar as mil porcarias, tipo bolachas, batatas fritas, chocolates, etc. que costuma comer depois do jantar por mais sopa. E todas falaram também que iam para o ginásio este ou aquele ou aqueloutro. As duas que eu via de onde estava sentada, sem virar ostensivamente a cabeça para olhar para elas, tinham uma constituição absolutamente dentro do normal, não eram escanzeladas mas de gordas também não tinham nada. E as outras duas, que olhei com atenção quando me levantei para ir embora, eram iguais. Ou seja, a cena das dietas era totalmente parvoíce, nenhuma precisava de emagrecer. Fazer dieta virou moda. E depois às vezes vira doença, anorexia, bulimia, outros distúrbios alimentares, anemias, etc.. Até há uns anos atrás só se fazia dieta por se estar doente, de obesidade ou outros problemas, por indicação e com controlo médico. Agora fica-se doente e tem de ser ir ao médico porque se faz dieta por moda, sem qualquer necessidade e sem qualquer controlo ...

terça-feira, 10 de setembro de 2013

DE PASSAGEM - O Papagaio meu vizinho - 3

Hoje passei. duas vezes pela casa do papagaio. Contrariamente às últimas vezes que por lá passei em que ele estava calado e nem sequer reagiu aos meus olás e assobios, hoje estava com o "gás" todo. A primeira vez que passei a banda sonora era, assobio  "uiiii.uiiiiu", galinha a cacarejar, e "anda cá! anda cá! estás a ouvir?!?", em contínuo, assobiava, cacarejava e dizia "anda cá! anda cá! estás a ouvir?!?!", voltava a assobiar, voltava a cacarejar e repetia as frases. Quando voltei a passar, cerca de uma hora mais tarde, tinha mudado o texto, assobiava um assobio forte, apitava pi-pi-pi como fazem alguns veículos em marcha-atrás e finalmente fazia um ruído igualzinho aos rádios dos carros da polícia quando os ouvimos a alguma distância e não conseguimos perceber o que estão a dizer, também em contínuo, assobiava, fazia pi-pi-pi e imitava os ruídos dos rádios da polícia. O raio do papagaio tem um manancial de sons inesgotável e reproduz todos com perfeição. À excepção de "olá" ainda não o tinha ouvido pronunciar palavras mas o "anda cá! anda cá! estás a ouvir?!?!" de hoje era perfeito com entoação e tudo.

sábado, 7 de setembro de 2013

COISAS DE QUE EU GOSTO - Exposição Freguesias de Lisboa - Passado e Futuro

Esta exposição, de entrada livre, está patente no edifício-sede da Câmara Municipal de Lisboa, na Praça do Município. Está organizada em núcleos correspondentes às freguesias que vão vigorar a partir das próximas eleições autárquicas e cada núcleo mostra a freguesia como vai ficar e uma pequena história do seu passado. Achei muito interessante, merecedora de uma visita
(O que segue podia estar num 'post' sob o título "COISAS QUE  NÃO ENTENDO")
Para meu espanto, e como (quase) sempre me acontece quando visito uma exposição, enquanto circulei por lá entraram mais alguns visitantes com um comportamento que não consigo entender o que vão fazer às exposições?!?!? Só se fôr para anotarem num caderninho as exposições onde entraram, repito, ONDE ENTRARAM, NÃO que visitaram. Desta vez entrou uma família, pais e três filhos adolescentes, deram a volta às salas à velocidade da luz, tão rápido que não tiveram nem tempo de ler os nomes das freguesias, e saíram. E entrou um senhor dos seus 70's anos que deu a volta às salas também em passo rápido parando em cada núcleo apenas o tempo suficiente para recolher um de cada dos postais-oferta disponibilizados  com a vista de satélite e fotografias de pontos de interesse presentes e passados de cada freguesia.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

COISAS DE QUE EU GOSTO - Miradouro do Arco da Rua Augusta

Já tinha tentado lá ir pouco depois da abertura ao público mas havia uma fila para entrar que dava a volta ao quarteirão e eu só espero em filas se fôr obrigada, portanto desisti nesse dia decidindo esperar que deixasse de ser novidade. Ontem passei por lá e como não havia fila nenhuma... entrei.

A primeira parte da subida é fácil, num rápido elevador. Depois tem de se subir uma escadinha em caracol até à sala do relógio (que não foi possível fotografar inteiro porque há um expositor no meio da sala, com a história do arco, que impede que nos afastemos o suficiente)  e depois outra escadinha, mais longa, estreita e encaracolada do que a anterior, até ao terraço-miradouro no alto do arco. As escadas deviam ter semáforos pois os cruzamentos de quem sobe com quem desce são bastante complicados, se houver um gordo a descer e outro a subir... algum deles tem de recuar. Mas ontem não havia gordos e os cruzamentos até acabavam por ser divertidos. Reparei numa coisa interessante, todos os visitantes que coincidiram comigo eram portugueses, isto apesar da cidade continuar cheia de estrangeiros.

E vale a pena a subida, a vista do miradouro é única, nenhum outro miradouro da cidade dá aquela perspectiva.

O RELÓGIO

O RELÓGIO

O SINO DO RELÓGIO

A PRAÇA DO COMÉRCIO

A SÉ

O CASTELO

A RUA AUGUSTA


A COLINA DO CARMO

A CÚPULA DO EDIFÍCIO DA CÂMARA MUNICIPAL E A PONTE 25 DE ABRIL

PRAÇA DO COMÉRCIO A POENTE COM CRISTO REI AO FUNDO

O CAIS DAS COLUNAS E O TEJO

PRAÇA DO COMÉRCIO A NASCENTE





domingo, 1 de setembro de 2013

A MINHA RUA É UM FARWEST - Muitos grãos na asa - cena 7

Ontem, cerca das seis da tarde, comecei a ouvir a voz tonitruante da vizinha borrachona. Fui à janela e ela estava a começar a cenaça do costume. Andava de um lado para o outro a trocar as pernas, sentava-se por vezes num dos bancos ou na beira duma das floreiras, que são mobiliário urbano nesta zona da rua, lata de cerveja na mão, bocas dirigidas não sei bem a quem, berros pela mãe. Pensei (temi, na realidade) que aquilo fosse ser em crescendo durante horas e horas. Passado um bocado ouvi um estrondo e um grito. Voltei à janela julgando que ela tinha sido atropelada. Não tinha, apenas se tinha estatelado ao comprido no chão com a bebedeira. Um vizinho do prédio dela que ia a sair com a família ajudou-a a levantar e enfiou-a para dentro do prédio dizendo-lhe para ir para casa. Ela entrou no prédio mas voltou a sair logo a seguir e voltou à conversa fiada e aos passos trocados para cá e para lá com algumas pausas sentada no banco ou na floreira. Mas algum tempo depois fui regar as ervas aromáticas que tenho junto à janela e olhando a rua vi-a a entrar no prédio. Achei que ia continuar a ouvi-la em casa a dar cabo do juízo à mãe, se não fosse a bater na mãe. Mas enganei-me na previsão, não voltei a ouvi-la nem em casa nem na rua. Desconfio que a dose de ontem envolveu algo mais do que cerveja, por muito que troque as pernas e ande aos bordos nunca a tinha visto estatelar-se redonda no chão, e também nunca a tinha visto recolher a casa e ficar calada no auge da bebedeira. Na realidade nem sei se chegou a casa ou se ficou caída nas escadas  a meio caminho do 3º andar onde mora?!?!? Mas fosse lá o que fosse que ela emborcou além da cerveja, acho boa ideia e espero que continue a emborcar, chateia muito menos, uma horita a refilar e a trocar as pernas na rua e depois... "apaga".

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A MINHA RUA É UM FARWEST - Muitos grãos na asa - cenas 4, 5 e 6



A borrachona do casal de bebedolas do prédio aqui em frente continua a fazer os seus “números.”. Outro dia chamei a polícia porque ela estava a bater na mãe. A polícia levou um tempo imenso para aparecer (se ela resolvesse matar a mãe à porrada tinha tido tempo de sobra) e quando apareceu já ela tinha vindo para a rua trocar as pernas na companhia do marido também a trocar as pernas. Alguns dias depois alguém que não eu chamou a polícia. Não me apercebi de nenhuma situação que tivesse levado algum vizinho a chamar a polícia. Os polícias sairam algum tempo depois acompanhados do marido a trocar as pernas mas não o levaram, ele foi pela rua fora a trocar as pernas. Suspeito que tenha sido ele a chamar a polícia por estar a levar com algum desatino dela e que a polícia o tenha aconselhado a ir dar uma volta. No dia seguinte a este, logo pela manhã, ouvi-a aos berros na varanda “Vai-te embora! Vai-te embora! Não te quero cá! Desaparece!”, fui à janela e esta gritaria era para o marido que ia rua fora (ainda sem trocar as pernas). Na noite desse dia quando fui preparar as janelas para ir dormir, já passava da meia-noite, vi o marido a trocar as pernas, atravessando a rua. Fiquei a observá-lo um bocado. Vinha ao lado de cá da rua olhar para as janelas da casa deles, ia para o lado de lá da rua, para a porta do prédio, e ficava a olhar para as campaínhas, e repetiu o para cá e para lá, olha para as janelas, olha para as campaínhas 5 ou 6 vezes. Finalmente decidiu-se e tocou a campaínha e logo no momento seguinte seguiu rua fora aos ss’s e à máxima velocidade que a bebedeira lhe permitia. Ontem à noite ela andou horas na rua, sempre a falar aos berros (não sei como não fica afónica), com uma bebedeira gigante, gritou que se queria matar e fingiu meter-se à frente de automóveis que circulavam, (houve um condutor que se passou com ela e parou e saiu do carro e deu-lhe uma descasca),  só fingimento mesmo, uma das vezes que eu estava a assistir ao "espectáculo" passou um autocarro e com esse ela nem fingiu meter-se à frente, deve ter achado perigoso demais, queixou-se da mãe, falou do filho, chorou que era uma desgraçada, falou durante um monte de tempo com uma das ciganas romenas do prédio ao lado que, aparentemente, tentava acalmá-la, depois tentou beijar na boca um dos homens do clã de ciganos romenos que entretanto também tinha vindo para a rua, a romena que estava com ela chamou-lhe a atenção para que ela era casada apontando-lhe para a aliança e ela tirou a aliança e atirou com ela para o meio da rua (a romena foi apanhá-la e, pelo menos no momento, não lha devolveu, eu suspeito que não vai devolver nunca, que vai é passá-la a patacos o que, aliás, eu acho que faz muito bem pois é o que a borrachona merece), gritou para chamarem a polícia, chamou pela mãe, virou o caixote de lixo do prédio dela espalhando o lixo todo na rua, etc. etc. etc. Isto durou horas, 3 ou 4, e o que eu assisti foi das duas ou três vezes que fui à janela mas pelo que eu ouvia, mesmo estando sentada na sala e com a TV ligada, que era praticamente tudo o que ela dizia pois tem uma voz poderosa e fala aos berros, todas as horas que ela esteve na rua foram uma repetição daquilo que eu vi. Já ela tinha entrado em casa quando chegou a polícia, ao que percebi chamada por alguém aqui do meu prédio pois os polícias vieram cá falar com alguém antes de irem à casa dela. Provavelmente esse alguém chamou-os quando ela estava a arruaçar e eles é que demoraram imenso tempo a aparecer como no dia em que eu os chamei por ela estar a bater na mãe. Ela saiu do prédio com a polícia mas a polícia não a levou. E quando eu fui dormir ela estava a falar com o vizinho do r/c do prédio dela que estava à janela, grandes gestos mas com a voz em menor volume, eu só percebi uma palavra aqui outra ali mas era a conversa do costume, queixas da mãe, lamentos de que é uma desgraçada, etc. Na verdade desgraçado é quem tem de a aturar, da mãe dela aos vizinhos, passando, provavelmente, pelo marido que embora se emborrache tanto como ela não faz cenas e pelo dito filho de quem ela fala, que suponho seja um jovem que uma única vez vi na varanda da casa deles e que também suponho que se deve manter o mais possível bem longe dos borrachões dos pais.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PODE??? - Televendas

Atendo um telefonema de televendas da PT. 
A senhora pergunta se eu sou eu e pede-me para confirmar que tenho uma 'pen' de Internet móvel TMN associada à minha assinatura MEO. Confirmo. 
Pergunta se eu sei que a assinatura MEO apenas me permite usar 100 megas de Internet móvel sendo o excedente cobrado à parte. Digo-lhe que sim, que sei. 
Pergunta-me então se os 100 megas são suficientes para as minhas necessidades. Explico-lhe que nunca usei a Internet móvel, nem sei se alguma vez vou precisar de usar e que apenas adquiri a 'pen' quando subscrevi o contrato do pacote MEO porque saía a um bom preço e era uma facilidade com que ficava para o caso de alguma vez precisar ligar o portátil à Internet fora de casa. 
Responde-me "Muito bem, então o que acha de pagar mais 9 euros e não sei quê por mês, apenas mais 7 euros e não sei quê nos primeiros 6 meses e ficar com acesso ilimitado em vez dos 100 mega?"  
Eu nem queria acreditar... passo-me com esta gente, a minha vontade imediata é perguntar-lhes se têm alguma deficiência cognitiva que os tenha impedido de perceber o que eu disse , mas enfim... lá me contenho (mais ou menos), respondi-lhe "O que é que eu acho???? Acho uma estupidez evidentemente. Então se eu acabei de lhe dizer que nunca usei nem sequer os 100 mega que fazem parte do pacote MEO que tenho, e que nem sequer sei se alguma vez vou usar, acha que vou querer pagar mais 7 ou 9 euros por mês para ter acesso ilimitado a uma coisa que não uso???? É claro que não estou interessada." 
Finalmente entendeu, agradeceu e desligou. Esta malta, salvo raríssimas excepções, "engole uma cassete" e não consegue mudar o discurso de acordo com as respostas que obtém dos clientes que contacta... não há pachorra!

PODE??? - Caldo de galinha



Uma “VIP” da nossa sociedade a cozinhar no programa "Boa Tarde" da SIC. A receita era uma sopa de maçã cuja base líquida era caldo de galinha. No final a sopa é servida com natas por cima e ela explica que as natas são natas vegetais porque assim a sopa pode ser consumida por quem não queira, ou não possa, consumir produtos ou gorduras de origem animal (!?!?!?)

Concluo que ela acha que galinha é um vegetal...

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - capítulo IX

No e-Correio da Manhã, hoje, notícia sobre a queda de um avião de carga no Alabama, EUA, por Cátia Carmo:

«Identificado como um Airbus A300, o avião tinha dois passageiros, o piloto e co-piloto.»

Para a (jornalista????) Cátia Carmo passageiro é sinónimo de tripulante... Isto já para não falar da falta do artigo "o"  ao co-piloto...

Mas onde é que os média vão buscar estes (pseudo) jornalistas?!?!? Não sabem escrever, não conhecem o vocabulário, não fazem investigação, ou seja, mesmo que tenham um "canudo" de jornalista (terão?) não são jornalistas, são uns escrevinhadores de linhas mal-paridas que envergonham a classe dos (verdadeiros) jornalistas.

sábado, 10 de agosto de 2013

PODE??? - Bacoradas nos média - capítulo VIII

No e-Sol, entrevista a Francisco Teixeira da Mota, por Joana Ferreira da Costa:
«(...)
Conseguir quartar o direito da sociedade a ter informação essencial é de uma total insensibilidade aos valores da liberdade de expressão e de uma percepção do poder chocante.
(...)»

QUARTAR???? coarctar (que significa "restringir") foi, obviamente, o que FTM disse mas para a jornalista (jornalista???)  soou quartar e como não sabe o significado de "quartar" (um termo usado na esgrima e na panificação) e nem deve conhecer a existência da palavra "coarctar"... pôs o homem a dizer qualquer coisa como "conseguir juntar 4 farinhas o direito da sociedade (...)"

PODE??? - O maravilhoso governo remodelado - 2

'Bolds' meus e só um pequeno comentário:  lida esta notícia eu concluo que o Arquivo Histórico do Ministério da Educação, que foi mudado das instalações do Ministério da Educação na Avenida 5 de Outubro para as instalações do Ministério da Educação nas Laranjeiras e que agora voltou a ser mudado das instalações do Ministério da Educação nas Laranjeiras para as instalações do Ministério da Educação na Avenida 5 de Outubro... não é um Serviço do Ministério da Educação, aliás e na realidade, não é um serviço ponto.

Excertos de notícia na e-Visão, hoje:

«A ida de Paulo Portas e dos seus dois secretários de Estado para o Palácio das Laranjeiras criou, no final da semana passada, uma tremenda confusão. Quem passasse pela Estrada das Laranjeiras, em Lisboa, aperceber-se-ia do enorme rebuliço causado por homens a carregarem caixas e mais caixas em camiões. Os investigadores que costumavam ir ao edifício consultar a documentação do Arquivo Histórico do Ministério da Educação eram despachados com a indicação de que o serviço estava a ser transferido para o número 107 da Av. 5 de Outubro.
A mesma morada de onde saíra há cerca de um ano, por falta de condições condignas uma transferência que obrigou a um investimento avultado nas Laranjeiras, para serem instaladas salas de arquivo modernas, dotadas de estantes rolantes e uma espaçosa sala de leitura. 
 (...)
Isso quando na quinta-feira, 1, um porta-voz de Paulo Portas dizia à VISÃO (e a outros órgãos de comunicação social) que a opção do vice-primeiro-ministro assentara em dois critérios: "Primeiro, tinha de ser um espaço já equipado, que não implicasse custos com obras de adaptação. Em segundo lugar, não podia obrigar ao desalojamento de nenhum serviço existente"..Ora, 24 horas depois, estava a ser desalojado o Arquivo Histórico, acarretando o custo do regresso às Avenidas Novas de centenas de caixas de documentação .
 (...)
Na sexta-feira, 2, à tarde, do gabinete de Nuno Crato chegava-nos um e-mail: "Nenhum serviço do Ministério da Educação e Ciência sairá do Palácio das Laranjeiras, mantendo-se aí os Gabinetes do Senhor Ministro, do Secretário de Estado do Ensino Superior e da Secretária de Estado da Educação e Ciência."»

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

DE PASSAGEM - O Papagaio meu vizinho - 2

Hoje de manhã passei ao pé da casa do papagaio aqui da rua. Ia a pensar noutra coisa e nem me lembrei do papagaio que também não chamou a minha atenção porque estava caladinho. Mas de repente ouvi "Olá! uiii-uiiiu!". E lá estava ele a olhar para mim. Parei e disse "Olá" e ele voltou a fazer o assobio que há dias eu lhe fiz  e ele repetiu. Será que ele gostou do assobio e agora diz olá e assobia a toda a gente? Ou será que me reconheceu e me cumprimentou com o assobio que aprendeu comigo? Ele é, como já referi no 'post' anterior sobre o assunto, um papagaio cinzento e 'googlando' fiquei a saber que os papagaios cinzentos africanos são capazes de estabelecer ligações entre formas e cores e etc. Portanto a hipótese dele usar o "uiii-uiiiu" para me cumprimentar por ter sido eu a ensinar-lho é de considerar... Seja como fôr... achei graça!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PODE??? - O maravilhoso Governo remodelado

Excertos de notícias de vários e-média dos últimos 8 dias por ordem cronológica, "bolds" meus e sem mais, é tudo tão evidente que não carece de comentários:

«O substituto da Ministra das Finanças na secretaria de Estado do Tesouro propôs a venda de swaps tóxicos ao governo de Sócrates que permitiriam mascarar as contas. Joaquim Pais Jorge sugeriu em julho de 2005, quando era diretor do Citigroup em Portugal, ao executivo socialista a contratação de produtos swap que não seriam incluídos no cálculo do défice orçamental e da dívida pública. A proposta salientava que "os Estados geralmente não providenciam [ao Eurostat] informação sobre o uso de derivados", pelo que "os swaps serão, efetivamente, mantidos fora do balanço", o que baixava artificialmente o défice. Envolvido nesta solução estava ainda Paulo Gray, à data diretor executivo do Citigroup e que agora lidera a Stormharbour, consultora financeira contratada por quase meio milhão de euros pelo Estado para assessorar na questão dos swaps.»

«Aos pedidos de demissão do governante, o ministro da Presidência, Marques Guedes, sustentou que já perdeu a conta "às vezes que os partidos da oposição têm pedido nos últimos meses a demissão de membros do Governo".»   

«A Ministra das Finanças foi  responsável pela contratação de vários contratos 'swap' quando foi diretora do departamento de gestão financeira da gestora da rede ferroviária REFER, entre 2001 e 2007. Em sua defesa disse que o conjunto dos contratos 'swap' realizados pela Refer nos últimos 10 anos teve mesmo um ganho líquido para a empresa.»

«Ao contrário do que afirmou a semana passada, Joaquim Pais Jorge admite agora que participou em reuniões em São Bento.»
 
«O secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, apresentou a sua demissão. Fonte do Governo garante que o pedido foi aceite pela Ministra das Finanças.»