sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

HISTÓRIAS ANTIGAS - Onda de desagradibilidades



Há alturas em que parece que entro numa onda de atrair desagradabilidades. Em 3 dias seguidos: dia 1 - o senhor duma tabacaria onde eu ia imensas vezes deu-me o saco, (que pedi para levar o jornal e o maço de tabaco que tinha comprado por estar com uma mala minúscula onde nenhum deles cabia e ser desconfortável levar o jornal e o maço de tabaco na mão), com modos de contrariado e com um discurso moralista de que “dantes” nem havia sacos e as pessoas levavam os jornais na mão mas que “agora” toda a gente quer sacos para levar os jornais. Não gostei mesmo nada. Porque é uma raridade eu pedir sacos, acho que nem nunca tinha pedido naquela tabacaria, pois normalmente ando com uma mala bem grandona e não peço sacos nem mesmo quando compro um jornal e uma revista e tabaco de enrolar e mortalhas e cigarros duma só vez, pois cabe tudo na minha mala. E  porque ele fez este discurso todo em alta voz , diante de outros clientes e falando para a “geral”. Perdeu uma cliente, decidi e cumpri, não voltei a pôr lá os pés (e já passaram 4 anos). Deve ser “alérgico” a sacos (ou a dar sacos?) mas está a atender clientes tem de aguentar a “alergia” e ficar calado; dia 2 - a senhora dum quiosque, onde também vou imensas vezes, respondeu-me desabridamente quando lhe perguntei, obviamente em tom de brincadeira, se podia “oferecer-lhe” um encarte publicitário que vinha no jornal que estava a comprar-lhe. Disse que também não lhe interessava nada e eu que o pusesse no lixo, apontando-me o contentor (dela) na esquina do prédio em frente, tão longe do quiosque que eu não imaginava lhe pertencesse. Também não gostei. Mas a esta ainda dei o desconto de se ter sentido ofendida por não entender que o meu “oferecer” era a brincar, ou de apenas ser rude e não saber dizer a mesma coisa de uma maneira mais simpática e delicada. Como mais de metade do dia é o marido dela que lá está e é naturalmente mais cordial e simpático do que ela,  continuei a ir lá; dia 3 - levei com o meu vizinho do rés-do-chão que além de ser super chato e desatar a falar à menor oportunidade, é mentiroso e má língua, odeia a senhora que limpa a escada, e em apenas  2 ou 3 minutos que durou a conversa, porque eu ia-lhe dando atenção mas sempre em andamento a afastar-me dele, conseguiu dizer duas mentiras e ainda falar mal da senhora da limpeza, que é Cabo-Verdiana, referindo-a como “a preta”.  Muito desagradável mesmo. Só não lhe disse que a senhora tem nome e que ele é racista, além de mentiroso, porque eu não lhe dizia praticamente nada além de bom dia, boa tarde, até amanhã, porque não queria dar-lhe confiança, apenas lhe respondia o mínimo dos mínimos para não ser mal-educada. (Deste livrei-me  quando mudei de casa embora ainda o veja de vez em quando, na rua, porque não mudei para muito longe).