Entrei para comprar manteiga e estava tudo tranquilo. Enquanto estive a escolher uma manteiga, algum tempo porque não havia a que costumo comprar, no balcão refrigerado mais ou menos a meio do supermercado, ouvi - e depois olhei e vi junto às caixas - um jovem a perguntar "Quer que eu chame a polícia?". O supermercado estava a receber mercadoria pelo que havia muitos funcionários, do espaço e do fornecimento, em circulação e pensei que aquilo era apenas uma brincadeira entre eles. Mas quando me dirigi à caixa percebi que não era uma brincadeira entre colegas mas sim uma confusão entre uns clientes, mãe de uns 50 anos e filho duns 20's, e uma funcionária do supermercado. A mulher, cliente, berrava estupidamente fazendo ameaças à funcionária "Ainda hoje a ponho na televisão!", "Sabe onde eu trabalho? Trabalho na DECO!", "A senhora foi mal-educada com o meu filho!". A funcionária não respondia nada. Entretanto outro rapaz que estava na fila para pagar meteu-se e disse à cliente para se acalmar porque mesmo que tivesse toda a razão não tinha de estar a gritar daquela maneira. Ela desatou a gritar também com ele "Cale-se! Não tem nada que se estar a meter, não sabe o que se passou! E sabe onde eu trabalho? Trabalho na DECO!", o rapaz respondeu-lhe "Não sei o que se passou mas sei que a senhora não tem nada que estar a falar dessa maneira lá porque trabalha na DECO não é mais do que eu ou do que a senhora funcionária do supermercado com quem está a gritar!" Entretanto o filho ligou para a polícia e pediu para irem lá porque "os funcionários do supermercado" estavam "a tratar mal" a ele e à mãe, "só falta baterem-nos". Quando paguei a minha manteiga perguntei à funcionária da caixa o que se estava a passar mas a rapariga estava tão "a leste" quanto eu, ainda não tinha percebido a origem daquela confusão. Entretanto eu saí e a mãe "eu trabalho na DECO" e o filho sairam também e ficaram lá plantados à porta, à espera da polícia, suponho. Fui a outro sítio ali perto e acho que não foi polícia algum ao supermercado, a menos que se deslocassem a pé, o que duvido, teriam de ir pelo local onde eu estava e não foram. Voltei a passar em frente ao supermercado, a caminho de casa, cerca de meia-hora depois. A mãe "eu trabalho na DECO" e o filho estavam numa das caixas, com um funcionário do supermercado, a preencher o livro de reclamações e não havia polícia algum. Imagino que ela fez aquela gritaria toda e chamou a polícia em vez de pedir o livro de reclamações e que foi a polícia que ligou para o filho dela, ou para o supermercado, a dizer que resolvessem o assunto com o livro de reclamações. E também imagino que o trabalho dela na DECO deve ser nas limpezas, ou teria logo começado por pedir o livro de reclamações em vez de fazer a peixeirada que fez e chamar a polícia.
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