segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

BANALIDADES - Mais um com muitos grãos na asa



Ontem, cerca das 11H00 da noite, fui à janela ver em que paravam as modas da tempestade. Aqui na rua estava tudo mais ou menos calmo mas dei de cara com um bêbedo mijão. “Escondido”, como gato com rabo de fora, atrás de uma árvore fez uma mija tão, tão, tão, tão grande que concluí que tinha ingerido um barril de cerveja. E a minha conclusão deve ter sido uma muito boa aproximação da realidade. Quando acabou de mijar deu dois passos e caiu em cima dum automóvel, voltou à posição vertical e avançou aos esses atravessando a rua, depois de três passos caiu  para a frente redondo no chão. Logrou levantar-se de novo e andou,  aos esses mas em recuo, outra vez para o lado da rua de onde tinha saído onde caiu novamente, desta vez de costas. Sentou-se, tentou levantar-se, em vão, três ou quatro vezes, e acabou por arrastar-se de rabo no chão para junto do passeio, apanhou o chapéu que tinha caído e rolado quando ele caíra de costas (era um homem jovem, ataviado de fato, gravata e chapéu) e voltou a pô-lo na cabeça e ali ficou sentado, na beira da rua, encostado a um automóvel estacionado em cima do passeio. Pensei em chamar a polícia para vir tomar conta dele antes que se estatelasse novamente no meio da rua e fosse passado a ferro por um automóvel ou um autocarro. Mas depois reparei que um senhor que vinha na rua a caminho do restaurante aqui do prédio ao lado, que ainda estava aberto, o tinha visto e resolvi recolher-me e borrifar no assunto porque chamar a polícia é uma seca, demoram a chegar e ainda vêm chagar quem os chamou com perguntas e mais perguntas porque entretanto, como demoram imenso a aparecer, a razão porque os chamámos já passou, e também porque pensei que um bêbedo daquele calibre se fosse atropelado não era desmerecido e que o senhor que o tinha visto provavelmente impediria que isso acontecesse. Passado algum tempo voltei à janela só para espreitar se o borrachão ainda era visível (atropelado ainda não fora com certeza ou eu teria percebido pelos sons). Não era visível, mas pelas conversas audíveis provenientes da porta do dito restaurante deu para perceber que ele estava lá na companhia de outras pessoas. Pareceu-me bem já que fora, seguramente, lá que ele se enchera de álcool muito para lá de todos os limites.

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