quinta-feira, 23 de abril de 2015

COISAS QUE NÂO ENTENDO - Limpa graffiti



Ontem à noite, uma barulheira não identificável na rua despertou a minha curiosidade. Fui à janela e deparei com duas carrinhas, uma das quais com luz rotativa amarela no tejadilho, sinalizando veículo de trabalho público, e com um “www graffiti qualquer coisa” pintado na carroçaria, e um bando de jovens que andavam a eliminar os pseudo-graffiti (na realidade borradas de tinta preta) que existiam em várias paredes e montras aqui pela rua. Os métodos usados, dependendo da superfície a limpar, eram três, um pano embebido em petróleo ou algum derivado, que cheirava que tresandava, nos vidros, água à pressão (que fazia a enorme barulheira que chamou a minha atenção) para as superfícies de pedra, e tinta para as paredes pintadas. Para além de achar inacreditável fazerem um trabalho com toda aquela barulheira da agulheta de água à pressão naquele horário (neste pedaço de rua onde moro andaram entre as 23H30 e as 0H30 e continuaram rua fora) numa noite de um dia de semana, também achei muito estranho o método de pintura usado nas paredes pintadas já que me pareceu evidente – embora no momento, dada a falta de luz, não conseguisse ver bem o resultado – que era impossível o bocado de parede pintado de fresco ficar no mesmo tom do resto das paredes dos prédios contemplados, por muito igual que fosse a tinta utilizada. E esta manhã comprovei. Nota-se perfeitamente o remendo de pintura e, pior, ainda se percebem os graffiti-borrões pretos por baixo. Ou seja, em minha opinião, no que toca às paredes pintadas, foi “pior a emenda do que o soneto”. E não entendo que raio de serviço é aquele. Suponho que seja um serviço encomendado pela Junta de Freguesia ou pela Câmara Municipal pois a única alternativa era ser trabalho voluntário. Mas seja o que fôr como é que vão borrar paredes de prédios de propriedade privada sem autorização dos proprietários? Se eu fosse proprietária de um prédio borrado com graffiti preferia ter lá o borrão preto do pseudo graffiti do que ter um remendo de tinta a tapá-lo mal e porcamente.

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