Primeiro veio uma ambulância do INEM, depois veio um carro médico do INEM, depois veio a polícia. Era cerca de meia-noite e eu preparava-me para ir dormir. Desisti da ideia. Todos estes carros parados aqui mesmo em frente às minhas janelas, VRAMM! PLAM! Abre portas, fecha portas, PLIM! NÓ! NÓ! dos rádios, e sirenes a tocar à chegada para passarem no cruzamento com a Alameda, era barulheira demais para eu conseguir dormir. Ao que parece alguém morreu num dos prédios aqui em frente. Não vi sair o cadáver, mas vi chegar um senhor, num carro cinzento, com uma grande pasta, que aposto, 99% de certeza, que era um cangalheiro. Por esta altura a ambulância, o carro médico e a polícia já tinham ido embora. Mas o sossego não durou muito tempo, logo a seguir ouvi novamente o ruído de um rádio e várias vozes. Outro carro da polícia aqui à porta. Ao que percebi alguém que estava a chegar aqui e a estacionar se apercebeu de que um carro estacionado mesmo aqui em frente tinha sido assaltado porque estava com a porta aberta e arrombada. O ladrão fez um trabalho silencioso, eu estava acordadíssima e não ouvi absolutamente nenhum ruído. Mais uma data de tempo de barulheira, rádios, conversas, a polícia a tentar localizar e contactar o proprietário do automóvel assaltado. Finalmente devem ter conseguido porque se fez silêncio e quando fui novamente espreitar à janela já tinham desaparecido quer o carro da polícia quer o carro assaltado. Finalmente pude ir dormir. Mas já eram 2 da manhã.
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