quarta-feira, 10 de setembro de 2014

BANALIDADES - Eu e as pessoas (publicamente) conhecidas - 2

Por causa do que relatei ontem, lembrei-me de outra situação que também achei divertida. Eu descia a Rua da Prata e cruzei com um indivíduo para o qual olhei simplesmente porque costumo olhar para as pessoas com quem cruzo (excepto nos momentos em que "mergulho" num qualquer pensamento e caminho em "piloto automático" em que não olho para nada nem para ninguém e até ultrapasso os sítios que são o meu destino). Ele também olhou para mim e, estranhamente, esboçou um sorriso. Estranhamente porque não é habitual numa cidade como Lisboa as pessoas que se desconhecem sorrirem ou cumprimentarem-se quando se cruzam e eu, como já disse, só olhei para ele porque nos estávamos a cruzar, não por o conhecer. No entanto, aquele sorriso, ao qual correspondi por gentileza mas seguramente com um ar surpreendido, ficou na minha cabeça como algo familiar (como o timbre de voz da senhora de ontem). E alguns minutos depois "caiu a ficha" e  percebi que o dito indivíduo era um conhecido comentador das TV's. Que, de facto, não me conhece de parte alguma, eu é que o "conheço" por o ver na TV. E ele deve ter pensado que eu estava a olhar para ele por o reconhecer e por isso esboçou um sorriso. Que acabou por fazer com que eu o reconhecesse. Ou seja, a causa do sorriso acabou por ser o seu efeito.

Sem comentários:

Enviar um comentário