Para mim, o melhor programa de humor das TV’s portuguesas é
o programa de tarot da taróloga/astróloga, (psicóloga de formação!!!) Maria
Helena que é emitido na SIC a seguir ao noticiário da manhã, com o nome de “O
Dilema”. Desde a própria Maria Helena, que mistura tarot com magia e religião e
tropeça nas palavras a torto e a direito, até às pessoas que para lá telefonam
para consultar o tarot. Adoro as que se identificam por Dona, Maria Helena
pergunta-lhes o nome e elas respondem “Aqui fala a Dona Fátima”, (ou a “Dona
Helena”, ou a “Dona Albertina”, etc.), até aos “dilemas” que as levam a
telefonar para o programa. Ainda hoje ligou um cujo “dilema” era saber se valia
a pena continuar a tentar aprender a tocar concertina. Porque tinha comprado
uma mas já andava a tentar aprender a tocá-la há um ano e não conseguia. E há
dias uma “Dona” passou a consulta inteira a dizer que a Maria Helena não estava
a falar com ela (suponho que tinha a TV com som e a diferença, que chega a ser
de muitos segundos, entre o momento em que o som é captado em estúdio e o
momento em que chega aos receptores, estava a baralhar a senhora porque o que
estava a ouvir via telefone não batia certo com o que ouvia via TV). Sei que
todos estes programas com “casos reais” têm muitas vezes casos irreais, isto é “fabricados”
pelas produções dos programas, porque os programas vivem dos casos, não havendo
casos não há programas, e portanto quando não existem casos reais disponíveis a produção
tem casos fabricados para manter o programa em funcionamento. Mas neste
programa acredito que os casos fabricados sejam uma muito pequena minoria pois
o que lhes interessa mesmo são os casos reais que lhes dão dinheiro através dos
telefonemas para uma linha de valor acrescentado. E as “donas” e os “dilemas”
como o da concertina são seguramente casos reais pois os fabricados não são tão
idiotas. Seja como fôr, eu acho o programa super-hiper divertido, farto-me de rir sempre
que assisto um pedaço de algum.
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