segunda-feira, 16 de março de 2015

A MINHA RUA É UM FARWEST - Leva tudo à frente



Na noite de sábado para domingo acordei com um estrondo pelas 3 da manhã. Como foi o estrondo que me acordou não consegui perceber que tipo de estrondo tinha sido e como o que ouvi a seguir foram várias vozes a falar alto presumi que seria um bando de bêbedos a virar caixotes de lixo, ou algo no género, e nem me dei ao trabalho de me levantar para ir cuscar à janela a origem do estrondo, voltei a adormecer rapidamente e não houve mais ruídos que voltassem a acordar-me.



Mas no domingo de manhã, ao sair de casa, descobri o que tinha originado o estrondo. Um automóvel que devia vir a uma velocidade tal (e provavelmente com um condutor alcoolizado) que conseguiu deitar abaixo dois marcos, que sinalizam os passeios centrais que separam os sentidos de trânsito junto ao cruzamento, e dois semáforos instalados nos mesmos passeios. Ou seja foi a direito por cima do passeio central aqui da rua e ainda passou por cima do topo do passeio central da rua que cruza com esta levando à frente os marcos e os semáforos. Já não havia vestígios do carro – ou carros, se vinha algum a passar no cruzamento também há-de ter ido à frente do louco como os marcos e os semáforos – à excepção de uns caquitos de vidro junto às bermas, mas havia funcionários da câmara a reporem os marcos e os semáforos e uma grande extensão de rua coberta do pó branco que os bombeiros usam para absorver óleos derramados.



Há-de ter sido um acidente e tanto, e de certeza que vieram bombeiros e ambulâncias, e polícias e reboques, que eu não ouvi porque já estou imune aos “tinonins” que passam naquele cruzamento, um eixo de ligação entre a parte oriental e a parte central da cidade, que são imensos todas as noites, toda a noite, só acordo com” tinonins” se passarem aqui mesmo à porta, o que é raro. E as vozes que ouvi, depois de ter sido acordada pelo estrondo, devem ter sido de pessoas que iam a passar, a pé ou noutros automóveis, e assistiram ao acidente, já que depois de um estrago daqueles certamente que as pessoas envolvidas não sairiam a falar alto no momento seguinte ao estrondo.

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