Subindo a Rua Barata Salgueiro, ao chegar ao cruzamento com
a Rua do Salitre e a Rua Nova de São Mamede, sou abordada por um casal de turistas
que me pergunta, em inglês, se para irem para o “Botanic Museum” devem ir para
a direita, pela Rua do Salitre, ou em frente, pela Rua Nova de São Mamede. Respondo-lhes,
em inglês, para subirem a Rua Nova de São Mamede. Que eu também ia subir, mas eles
caminhavam mais rápido e ultrapassaram-me uns bons metros. Quando cheguei ao
Largo de São Mamede vi-os, tipo “baratas tontas”, parados na beira do passeio,
a olhar para a esquerda e para a direita, já posicionados mais para a direita
do que para a esquerda. Como no cruzamento da Rua Nova de São Mamede com a da Escola Politécnica existe um letreiro a indicar o Museu para a
esquerda ainda pensei em me ralar para eles já que se não tinham visto o
letreiro era por serem tontos. Mas resolvi ter pena dos tontos e, como também
eu ia para a esquerda não me apetecendo levar a simpatia tão longe ao ponto de
andar para a direita para ir ter com eles, chamei-os, gritando “Hei!” - ;) – e indiquei-lhes,
apontando, que era para a esquerda que deviam ir. Eles aproximaram-se e eu
expliquei-lhes, mais uma vez em inglês, que encontrariam o museu do lado
esquerdo um pouco adiante. Acho que eles só perceberam os gestos que adicionei à
fala quando me apercebi de que eles não estavam a entender patavina do que eu
lhes dizia. Não sei que raio de origem tinham estes turistas. De um país de língua
inglesa não eram certamente pois apesar de me terem abordado em inglês não
dominavam a língua inglesa (e não, não é problema meu, o meu inglês pode não ser perfeito mas também não é assim tão mau). E tontos eram de certeza, não prestavam atenção à sinalética e também
não tinham um mapa, o que certamente não é a melhor maneira de andar a explorar
uma cidade desconhecida.
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