sábado, 2 de maio de 2015

A MINHA RUA É UM FARWEST - Quer partir o ginásio

Agora à tarde um sarrabulho de todo o tamanho na rua. Entre um homem e uma rapariga. Deu para perceber que eram pai e filha. E que o homem estava – está (a cena ainda não teve o ponto final) – com uma grande bebedeira. Gritaram, bateram-se, insultaram-se. Isto tudo em frente ao ginásio que há no prédio aqui ao lado, e que o homem ameaçava que ia partir, e perante uma montanha de outras pessoas, homens e mulheres, que o seguravam quando a coisa se descontrolava. Às tantas apareceu uma mulher, em passo acelerado pela rua fora e foi meter-se na confusão, era a mulher/mãe daquela família maravilha. Os insultos e as agressões passaram a ser a três, o homem contra a filha e a mulher, e as ameaças de que ia partir o ginásio continuavam. Puseram uma data de alarmes de carros a tocar porque iam contra eles, a rapariga ia embora e ele acalmava um pouco mas ela logo voltava para trás e recomeçava a confusão. Finalmente, não sei como, elas desistiram e foram embora e poucos minutos depois chegou a polícia. Agora a polícia já foi embora e ele está já longe do ginásio acompanhado de um grupo dos homens que estavam à volta da cena, e da filha que reapareceu, mas está parado mais à frente a desatinar, suponho que com o ginásio, dados os gestos largos com que para ele aponta. Não sei se ele não gosta que a filha frequente o ginásio, ou o que tem contra o ginásio mas cheira-me que a cenaça ainda não vai ficar por aqui.

Entretanto adorei um pormenor desta situação, a borrachona do prédio aqui da frente, que agora tem andado muito calminha mas que já fez montes de cenas do género, esteve todo o tempo na varanda contemplando a confusão com um sorriso condescendente como se nunca na vida tivesse tido um comportamento igual.

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