terça-feira, 12 de maio de 2015

COISAS QUE NÃO ENTENDO - O comportamento dos peregrinos

Das milhentas notícias que por esta época do ano sempre inundam os média portugueses por causa do culto mariano de 13 de Maio em Fátima, houve algumas que este ano me deixaram estupefacta. Os peregrinos que morreram atropelados por um automóvel que se despistou. Independentemente da responsabilidade do energúmeno que conduzia o automóvel, alcoolizado, sob o efeito de drogas e em excesso de velocidade, não percebo porque é que os peregrinos insistem em usar estradas para fazerem o percurso quando têm percursos pedestres alternativos, não percebo que aleguem que esses percursos alternativos são mais longos, afinal vão a pé por fé e sacrifício, não têm fé suficiente nem capacidade de sacrifício suficiente para fazerem mais 10 ou 15 ou 20 quilómetros? Estranha fé e estranha noção de sacrifício. Também não percebo porque é que as autoridades rodoviárias não os proíbem de ir pelas estradas, deviam proibir, e multar e retirar das estradas os que desobedecessem. E a que achei a mais incrível de tudo: um grupo de peregrinos, entrevistado por uma TV.  Indagados se não tinham medo de andar na estrada depois do que tinha acontecido ao outro grupo que foi atropelado, responderem que não tinham medo porque Nª Sra. de Fátima os protegia. Para mim esta resposta infere que Nª Sra. de Fátima não protegia os que foram atropelados e morreram, infere que eles se considerem merecedores duma protecção que os outros não mereciam, demonstrando uma arrogância que é seguramente pecado pois até para quem, como eu, não é religioso é  mau-carácter. Ou então é estupidez, que sempre é menos mau e que será certamente perdoado pela religião católica, "Perdoai-lhes senhor porque não sabem o que fazem", no caso "o que dizem".

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