O ponto de vista da cadeia de supermercados que fez a campanha de 50% de desconto no dia 1º de Maio... eu entendo, embora DISCORDE TOTALMENTE E ABSOLUTAMENTE desse ponto de vista, na realidade acho-o um NOJO TÃO GRANDE que fiquei com vontade de nunca mais pôr os pés nos ditos supermercados cujo nome estou a omitir propositadamente e pela mesma razão.
O que eu não entendo é o povinho que “embarcou” na promoção aos magotes sujeitando-se a passar horas numa fila para entrar no supermercado, sujeitando-se a fazer compras num supermercado a abarrotar de gente e com stocks permanentemente em ruptura, portanto sem as mínimas condições para comprar com discernimento e escolha sensata, arriscando-se a comprar o que não precisava, arriscando-se a comprar produtos com o prazo a acabar e sujeitando-se a mais umas largas horas de espera para passar nas caixas e sair do supermercado. A ganância pelo desconto de 50% fez de certeza muita gentinha gastar dinheiro que lhe vai fazer falta para outras coisas e comprar muita coisa que não lhe faz falta nenhuma. Para já não falar das cenas de pancadaria em que alguns se envolveram. Povinho estúpido, mesquinho e ganancioso que por um desconto se comporta com a mesma avidez que os desgraçados subnutridos e famintos de alguns países africanos que recebem uma distribuição de arroz ou farinha. E nem sequer foram os muitos necessitados que correram para esses supermercados a abarrotarem-se de compras como se em muitos dias seguintes não fosse possível comprar nada em parte alguma, a campanha tinha um valor mínimo de compra e os muito necessitados não têm dinheiro suficiente para gastar esse mínimo. O meu desejo é que esse povinho acabe por ter de deitar fora metade do que comprou porque se estraga antes de ser consumido, espero que muitos alimentos fiquem fora de prazo e impróprios para consumo, que os vinhos azedem, que os papeis sejam comidos pelas traças e pelos ratos, e que se não levaram uns pêros de outros gananciosos no próprio supermercado, sofram dores nas pernas, nos pés, nas costas pelas longas horas que passaram nas filas.
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