Sou abordada na rua por uma jovem que me pergunta se tenho
cinco minutos disponíveis para responder a um inquérito. Respondo-lhe “Depende,
se é para tentar vender-me alguma coisa no final não, não vou comprar nada,
seja o que fôr, e portanto vamos só as duas perder tempo.” Garante que não é
para me vender nada, que é apenas um estudo da Vodafone sobre publicidade. Acedo
a responder-lhe. Faz-me perguntas básicas, idade, grau de escolaridade, profissão.
E depois pede-me para a acompanhar dentro do hotel à porta do qual estamos. Pergunto-lhe
para quê. Diz-me que para prosseguir o inquérito eu tenho de visionar
publicidade e que é numa sala do hotel que têm instalados os computadores
porque precisam de acesso à Internet que não podem ter na rua. Contesto-a,
dizendo que não têm mas podiam ter, há equipamentos portáteis e Internet portátil,
mas acompanho-a dentro do hotel. Chegadas à dita sala sentamo-nos diante de um
dos computadores e 5 minutos depois ela e a coordenadora, que está sentada
diante de outro computador que está a funcionar como servidor dos outros, ainda
não conseguiram pôr a dita publicidade a correr para eu visionar. Estão mais 3 inquiridos
na sala, que já lá estavam quando eu entrei, e ainda ninguém está a visionar a
dita publicidade. Entretanto, desde que ela me abordou a pedir 5 minutos do meu
tempo até ao momento já passaram pelo menos 10 minutos. Digo-lhe “Pediu-me 5
minutos, eu acedi a disponibilizar-lhe 5 minutos, já vamos em 10 ou mais e ainda nem conseguiu
mostrar-me a publicidade, na realidade
devia ter-me pedido 20 minutos ou meia-hora e eu ter-lhe-ia dito que não. Portanto
vou-me embora.”, e levantei-me, disse “Boa tarde.” e saí. Ela e a coordenadora
ficaram à toa a balbuciar coisas tipo, “Tudo bem, se está com pressa, obrigada
na mesma,”. E não sei se os outros inquiridos não saíram atrás de mim. Já me
aconteceu outras vezes tomar posições em cenas similares e haver outras “vítimas”
que me seguem.
Sem comentários:
Enviar um comentário