sexta-feira, 30 de setembro de 2016

BANALIDADES - Sonho preconceituoso?



Considero-me uma pessoa com zero preconceito. Mas esta noite tive um sonho, ou melhor dizendo, um pesadelo que, como todos os pesadelos (não sei porquê), foi bem mais realista do que os sonhos agradáveis, que ao recordar achei que tinha origem num preconceito. Mas talvez não... pode ter sido só preocupação com as minhas vizinhas de andar, duas senhoras mais velhas do que eu 10 a 20 anos, que vivem sózinhas (sózinhas mesmo, cada uma em seu apartamento) e seguramente meio tãtans coisa que eu (ainda) não sou.  Ontem pela hora de almoço alguém tocou várias campainhas do prédio, a minha incluída. Como sempre em casos que tais, nem me mexi. Mas  uma das senhoras, ou ambas, ou até mais pessoas no prédio porque  a pessoa que tocou andou para cima e para baixo, abriram. Era um homem a vender perfumes. Pela conversa (e pelos perfumes seguramente de fancaria) era um cigano. As senhoras daqui do andar não só lhe abriram a porta do prédio como lhe abriram as portas dos apartamentos e uma delas até lhe comprou um perfume. O homem foi a outros apartamentos e passado um bocado saíu. A meio da noite acordei assustadézima na sequência de um pesadelo. Sonhei que o homem tinha voltado, àquela hora, à casa da senhora que lhe comprara o perfume e que estava a ameaçá-la de morte se não lhe desse dinheiro. Ela gritava que não tinha dinheiro em casa e ele gritava que precisava do dinheiro “já!” porque tinha de ir embora “amanhã” e precisava do dinheiro para pagar a viagem. Eu pegava no telemóvel para ligar para a polícia mas cheia de medo que o homem me ouvisse a falar com a polícia e arrombasse a minha porta. Felizmente acordei neste momento. O sonho era tão real que só quando realizei que nem sequer tinha o telemóvel na mão é que percebi que era um pesadelo e não a realidade. Não sei se houve alguma gritaria que deu início ao pesadelo, é provável, há várias pela vizinhança embora sejam de curta duração e nunca me tenha apercebido de nenhuma durante a noite, ou se foi só por ter ficado preocupada por as vizinhas abrirem a porta a qualquer um.

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