sábado, 30 de março de 2013

COISAS QUE EU DETESTO - Mau atendimento ao cliente



O comércio em Portugal prima pela falta de cordialidade e de empenho na resolução de problemas dos seus clientes com as mercadorias que adquirem. Excepcionando-se as grandes cadeias de super e hipermercados,  em quase todo o lado é uma complicação trocar uma mercadoria defeituosa e, pior, nem sequer admitem o defeito e desculpam-se insistentemente afirmando que não há nenhum defeito na  mercadoria mas sim  culpa  do cliente que fez alguma coisa errada. Acabou de me acontecer com a loja A.Justo – Tricots Brancal da Rua dos Fanqueiros. No início deste mês adquiri lá 5 meadas de fio de algodão. Dobei as 4 primeiras sem qualquer problema, há mais de 20 anos que uso fios em meada e que sou eu que dobo as meadas e até tenho uma dobadoura. Ao tentar ontem dobar a última meada, para terminar o trabalho que fiz com o fio, a tarefa revelou-se uma missão de pôr os nervos e a paciência à prova, e de ocupar várias horas, porque a meada está toda embaraçada, em meia hora consegui apenas fazer um novelo do tamanho de uma noz. Hoje telefonei para lá a explicar a situação e a perguntar se trocavam a meada. A resposta do proprietário da loja que me atendeu deixou-me com vontade de o mandar à merda. Não só não trocam, como não se ofereceram para dobarem eles a meada, como, ainda por cima, levei com um discurso sobre a impossibilidade da meada estar embaraçada e de, portanto, ser óbvio que fui eu que a embaracei por não saber dobar meadas de fio. Como já referi eu sei dobar meadas de fio, tenho a certeza absoluta de que não fiz nada errado com a meada e tenho também a certeza absoluta de que a dita meada, por alguma razão, está toda embaraçada de origem, não fui eu que a embaracei. Mas vou ter de ser eu a gastar horas e a esturrar a paciência a desembaraçá-la porque o proprietário da loja onde a adquiri se está a marimbar para os seus clientes, a única coisa que lhe interessa é defender que a mercadoria que vende tem uma qualidade seguramente 100% irrepreensível. Consegui não o mandar à merda no fim da conversa, limitei-me a cortar o longo discurso dele, de que só podia ter sido eu a embaraçar a meada, de uma maneira abrupta e a desligar o telefone. Mas ele perdeu uma cliente pois eu nunca mais lá vou comprar nada. E depois queixam-se de que não têm clientes e põem as culpas nos centros comerciais. Se calhar era preferível fazerem um exame de consciência e perceberem que perdem clientes por causa do seu próprio comportamento que não é focado no cliente em nada desde os horários praticados até ao atendimento das reclamações apresentadas.

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