terça-feira, 13 de maio de 2014

COISAS DE QUE EU GOSTO - A Procissão da Senhora da Saúde (2014)



A procissão deste ano não só não foi no primeiro domingo de Maio mas sim no segundo, como, em vez de começar pontualmente às 16H00, começou 15 minutos mais cedo. Eu resolvi não ir para lá às 15H00, como tenho ido os outros anos para conseguir um lugar junto à capela para assistir à chegada do São Jorge, porque decidi que ia ver a chegada do São Jorge da perspectiva oposta, ou seja, na parte central do Martim Moniz em frente à Capela onde o povaréu se acumula mais tarde, só depois de já não haver lugares ao pé da capela. Assim, estava a chegar ao Martim Moniz eram 15H45 e comecei a ouvir a xaranga que acompanha o São Jorge e no momento seguinte vi o São Jorge pelas costas, já a iniciar a procissão dirigindo-se para a Rua do Benformoso. 

Lá vai o São Jorge 15 minutos adiantado




Assim, como a procissão já ia para lá do adro, voltei para trás, de novo para  a rua da Palma,  para ir para o Intendente  ver a procissão a desfilar. Demorou um tempão enorme a lá chegar. E à frente, ao contrário dos outros anos, não vinha a camioneta a lançar alecrim. Mas vi algumas pessoas, que integravam a procissão ou que estavam a vir para o Intendente pela Rua do Benformoso à frente da procissão, com raminhos de alecrim na mão. Pelo que desconfio que  a procissão demorou tanto tempo a chegar ao Intendente porque a carripana do alecrim avariou como, aliás, já aconteceu o ano passado. Mas no ano passado acabaram por conseguir pô-la de novo em andamento e este ano, pelos vistos, devem ter tido de a rebocar para algum lado para a procissão prosseguir caminho sem alecrim.

A Procissão chega finalmente ao Intendente




Depois houve uma nova paragem de loooooonnnnnngos minutos, não faço ideia porquê, o seja o que fôr que aconteceu foi fora do meu raio de visão, que deu direito a um concerto completo da Banda de Música da Força Aérea  para quem, como eu, estava no Intendente, ali mesmo à boca da Rua do Benformoso. A Banda ficou ali parada à nossa frente o tempo de tocar todo o seu reportório, de música sacra a fados bem conhecidos. Houve até quem aplaudisse no final. 

A Banda da Força Aérea aqui ainda em andamento




Ao meu lado, uma senhora entusiasmada cantava a plenos pulmões, acompanhando as confrarias diversas, que participavam da procissão entoando cânticos, à medida que elas iam passando. Mas depois, tal era o entusiasmo, as confrarias passavam e ela ficava a cantar sózinha até se dar conta de que já não se ouvia naquele sítio mais nenhuma voz além da dela. Também fazia rezas de alta voz a todos os santos que desfilavam, tinha uma oração apropriada para cada um dos santos. Leiga como sou, só me lembro dela ter pedido a Santa Bárbara que nos livrasse das trovoadas pois é lugar comum, até há um provérbio “Só se lembram de Santa Bárbara quando fazem trovões”.



E, mais uma vez, vi o simpático Presidente da Câmara a desfilar na companhia de alguns vereadores, mas não vi a Primeira Dama. Acho mesmo que ela arranca com a procissão mas vai embora logo antes de a dita sequer entrar na Rua do Benformoso. Já a vi em frente à capela, na montagem da procissão, mas nunca a vi a integrar a procissão. Ou então sou eu que não a vejo?!??!



E este ano, além de não haver alecrim também não houve incenso.  Os “incensores” lá vinham à frente do Bispo das Forças Armadas mas os caldeiros do incenso que carregavam e abanavam não fumegavam incenso algum.



Em compensação, da falta de alecrim e de incenso, houve quem atirasse pétalas de rosa das janelas quando passou o andor da Senhora da Saúde.



De resto os santos que desfilaram, foram os mesmos do costume, o fantástico cavaleiro São Jorge, a Santa Ana (ex-desconhecida), o Santo António, a Santa Bárbara,  o São Sebastião, e, claro, a Senhora da Saúde com mais uma roupita lindézima.

São Jorge a passar no Intendente




 
Santa Ana a passar no Intendente


 
Santo António a passar no Intendente
 
Santa Bárbara a passar no Intendente
São Sebastião a passar no Intendente
 
Senhora da Saúde a passar no Intendente
Quando voltei à rua da Palma no final da procissão encontrei a minha “amiga” do domingo anterior da Charneca da Caparica. Disse-me que ia para Fátima passar a noite em vigília e que também ia rezar por mim, e falou com tal fervor da “Nossa Mãe do Céu”, referindo-se à Sra. da Saúde e à Sra. de Fátima, que deve ser uma super católica praticante e ter achado que eu, por ir assistir a procissão da Sra. da Saúde, também sou. Embora não tenha dito nada que lhe confirmasse essa presunção, também não disse nada em contrário, omiti-me, não valia a pena desiludi-la, ela é, sem dúvida, muitíssimo simpática.

Senhora da Saúde já na Rua da Palma
 
Colchas nas janelas na Rua da Palma

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