quinta-feira, 22 de maio de 2014

COISAS DE QUE EU GOSTO - Procissão de Santa Rita de Cássia



Descobri que sou devota. Não de uma religião, nem de uma igreja, nem de um santo (embora quanto a santos até seja simpatizante de alguns) mas de... procissões ;)). Bom, pelo menos destas procissões lisboetas que descobri.

Lembrei-me que era hoje a Procissão de Santa Rita de Cássia, onde já fui o ano passado, e lá fui eu para a Baixa, para ver o cortejo que pára o trânsito numa data de ruas ao meio-dia de um dia que, sendo sempre o mesmo do mês, calha  muitas vezes num dia útil, como aconteceu o ano passado, como aconteceu este ano.

Embora este ano não tenham feito o mesmo que o ano passado, em que fecharam as ruas ao trânsito desde antes da procissão sair da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira até chegar à Igreja de São Nicolau. Este ano o trânsito estava fechado apenas no troço da Rua da Conceição onde fica a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e a procissão foi precedida de polícias em motos que foram parando o trânsito à medida que a procissão foi avançando.



Além da polícia a abrir a procissão (que bem podia ir em cavalos ajazeados como o São Jorge e a sua xaranga da Procissão da Sra. da Saúde) o resto era igual ao ano passado, uma banda de música, os padres e acólitos com o estandarte e as relíquias de Santa Rita de Cássia e os devotos com ramos de rosas.





Mas chegados à Igreja de São Nicolau houve outra diferença. A celebração foi feita na rua, com o padre, os acólitos e as relíquias à porta da Igreja e os devotos no largo em frente.

Depois do corre-corre e encontrão para entrar na Igreja a que assisti no ano passado, achei uma medida correcta. Cabem muito mais pessoas no largo do que dentro da Igreja. 






Entretanto, com uma pesquisa na net, descobri o porquê das rosas. São levadas para serem benzidas, (eu pensava que eram para oferecer a Santa Rita de Cássia mas parece que não), e a associação das rosas a Santa Rita de Cássia decorre dela gostar muito de rosas e de pouco antes de morrer, no convento onde vivia, ter pedido, em pleno Inverno em Cássia, para lhe trazerem do jardim da sua casa uma rosa e um figo. E quem foi em busca da rosa e do figo achando que não ia encontrar naquela época nem uma nem outro, encontrou ambos. (Ou seja, as pessoas também podiam levar figos para benzer em vez de rosas). E descobri também que em Cássia, e em Itália em geral, ela não é conhecida por  Rita, o seu nome religioso, mas sim por Margarida (Margherita) o seu nome de baptismo.

Não admira que eu me confunda toda com os santos da Igreja Católica, até há santos com dois nomes diferentes, se eu encontrasse uma qualquer informação sobre Santa Margarida de Cássia não ia pensar que era Santa Rita de Cássia, mesmo que achasse a imagem muito parecida – e claro que ia achar - pensaria que eram duas santas com uma iconografia semelhante.

E ainda descobri outra coisa que me intrigou, o corpo de Santa Rita/Margarida de Cássia está incorrupto, à vista de quem o visita, no Convento de Cássia. Assim sendo, ...o que são as relíquias que estão em Lisboa e desfilam na procissão? Pedacinhos de cabelo?

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