segunda-feira, 5 de maio de 2014

PODE??? - Lojinhas de pseudo-artesanato português



Ontem, na Baixa, querendo comprar um livro de mortalhas e porque sendo domingo as tabacarias estavam toda fechadas, entrei em várias lojinhas de pseudo-artesanato-recordações de Portugal, propriedade de imigrantes da Índia ou do Bangladesh ou de algures nessa zona do planeta, que pululam por todas as ruas. Primeiro, em todas elas fui obrigada a dizer que queria “rolling-paper” porque os senhores das lojas não falavam português como deve ser e não faziam a menor ideia do que eram mortalhas nem sequer papel de enrolar cigarros (quando muito percebiam o “enrolar cigarros” e davam-me máquinas de enrolar cigarros). Depois, quando finalmente encontrei umas mortalhas duma das marcas que queria, que costumo comprar em vários locais por 50 cêntimos, o homem da loja disse que custavam um euro. Eu disse: “Um euro? Não, não vou pagar um euro por uma coisa que compro por 50 cêntimos noutros sítios.” E estendi-lhe as mortalhas que tinha na mão para lhas devolver. Ele não as agarrou. Em vez disso perguntou: “Quanto é que costuma pagar?”, eu repeti: “50 cêntimos.” E ele “Então paga 50 cêntimos.”. E paguei 50 cêntimos. Acho isto inacreditável. Como é possível lojas onde os preços são discutidos como nas feiras e onde as pessoas que estão a atender falam mal e porcamente a língua do país?!?!?!? A ASAE que se preocupa tanto em andar sempre a cair em cima dos pequenos comerciantes portugueses por não emitirem facturas, ou por venderem o bolo ou os croquetes que fazem em casa (e não numa cozinha licenciada), não se preocupa nada com estas lojinhas? Não tenho absolutamente nada contra imigrantes, mas estas lojas são inadmissíveis. Não só por quem atende não falar português minimamente fluente, como por os preços não serem marcados, como, ainda por cima, pelo mau aspecto que dão para o público-alvo delas, os turistas, por praticarem preços exorbitantes e por venderem artesanato-fancaria, ‘made in China’ ou ‘made in Índia’ ou ‘made in’ seja lá onde fôr menos onde devia ser ‘made in’ o artesanato português.

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