Não,
não é o fim das manifestações no sentido das manifestações terem acabado (aliás,
dada a conjuntura, acho que ainda vão “no adro”), é mesmo o fim das manifestações,
ou seja o final das ditas cujas. Como moro muito perto da Alameda (Afonso
Henriques) decidi ir sempre ver o final das manifestações que terminam lá. E assim
fui ver o final da última manifestação da CGTP e fui ver hoje o final da
manifestação convocada pelo movimento “Que se lixe a troika”. E: 1. a
manifestação da CGTP tinha à vontade (e para mais que não para menos) 20 vezes
mais pessoas do que a de hoje; 2. A PSP exerce uma segurança muito maior nas
manifestações da CGTP do que nas do “Que se lixe a troika”; 3. Há jovens austríacos
muito “fora” (no mau sentido de não saberem nada de nada do que se passa no
mundo).
A
primeira conclusão: a Alameda vista do topo acima da fonte luminosa, era um mar
compacto de gente desde a fonte luminosa até à Almirante Reis na manifestação
da CGTP e hoje nem 1/4 do relvado logo em frente à fonte luminosa estava coberto de gente. A
segunda: na manifestação da CGTP a PSP não deixava ninguém ir para o terraço
sobre a fonte. Como tentei (em vão) convencer um polícia a deixar-me ir fiquei
a saber que a proibição era porque tinham medo que alguém atirasse alguma coisa
para o palanque dos discursos montado em frente à fonte. Hoje o terraço estava
disponível para quem quisesse ir para lá. E embora o “Que se lixe a troika” não
tivesse um palanque tinha uma camioneta-palco exactamente no mesmo sítio do
palanque da CGTP. Só não sei se a menor preocupação da parte da PSP é por achar
que é mais provável que alguém ataque a CGTP do que o “Que se lixe a troika”,
ou se porque se preocupa mais em proteger a CGTP do que em proteger o “Que se
lixe a troika”?!?!? E a terceira: mal eu tinha chegado ao topo da Alameda um
fulano nórdico e grandalhão para aí com uns 30 anos dirigiu-se a mim
perguntando se eu falava inglês. Disse-lhe que sim e ele perguntou-me o que é
que se estava a passar. Expliquei-lhe. E ele perguntou-me de onde é que eu
era?!?!? Disse-lhe que era daqui mesmo e ele fez um ar admirado. Depois
perguntei-lhe de onde ele era e porque estava cá e ali. Disse-me que era austríaco,
que estava cá a trabalhar e que tinha chegado há pouco tempo e estava instalado
no Hotel Dah (que fica logo depois do cruzamento da Alameda com a Barão de
Sabrosa). Atendendo à admiração por eu ser de cá (não tenho ar de não ser
portuguesa e portugueses que falam inglês é o que mais há por aí) e a não fazer
a mínima ideia do que se estava a passar quando esta manifestação de hoje
aconteceu a nível europeu... não abona muito a favor do “antenamento” do rapaz...
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