sábado, 1 de junho de 2013

DE PASSAGEM - O fim das manifestações



Não, não é o fim das manifestações no sentido das manifestações terem acabado (aliás, dada a conjuntura, acho que ainda vão “no adro”), é mesmo o fim das manifestações, ou seja o final das ditas cujas. Como moro muito perto da Alameda (Afonso Henriques) decidi ir sempre ver o final das manifestações que terminam lá. E assim fui ver o final da última manifestação da CGTP e fui ver hoje o final da manifestação convocada pelo movimento “Que se lixe a troika”. E: 1. a manifestação da CGTP tinha à vontade (e para mais que não para menos) 20 vezes mais pessoas do que a de hoje; 2. A PSP exerce uma segurança muito maior nas manifestações da CGTP do que nas do “Que se lixe a troika”; 3. Há jovens austríacos muito “fora” (no mau sentido de não saberem nada de nada do que se passa no mundo).

A primeira conclusão: a Alameda vista do topo acima da fonte luminosa, era um mar compacto de gente desde a fonte luminosa até à Almirante Reis na manifestação da CGTP e hoje nem 1/4 do relvado logo em frente à  fonte luminosa estava coberto de gente. A segunda: na manifestação da CGTP a PSP não deixava ninguém ir para o terraço sobre a fonte. Como tentei (em vão) convencer um polícia a deixar-me ir fiquei a saber que a proibição era porque tinham medo que alguém atirasse alguma coisa para o palanque dos discursos montado em frente à fonte. Hoje o terraço estava disponível para quem quisesse ir para lá. E embora o “Que se lixe a troika” não tivesse um palanque tinha uma camioneta-palco exactamente no mesmo sítio do palanque da CGTP. Só não sei se a menor preocupação da parte da PSP é por achar que é mais provável que alguém ataque a CGTP do que o “Que se lixe a troika”, ou se porque se preocupa mais em proteger a CGTP do que em proteger o “Que se lixe a troika”?!?!? E a terceira: mal eu tinha chegado ao topo da Alameda um fulano nórdico e grandalhão para aí com uns 30 anos dirigiu-se a mim perguntando se eu falava inglês. Disse-lhe que sim e ele perguntou-me o que é que se estava a passar. Expliquei-lhe. E ele perguntou-me de onde é que eu era?!?!? Disse-lhe que era daqui mesmo e ele fez um ar admirado. Depois perguntei-lhe de onde ele era e porque estava cá e ali. Disse-me que era austríaco, que estava cá a trabalhar e que tinha chegado há pouco tempo e estava instalado no Hotel Dah (que fica logo depois do cruzamento da Alameda com a Barão de Sabrosa). Atendendo à admiração por eu ser de cá (não tenho ar de não ser portuguesa e portugueses que falam inglês é o que mais há por aí) e a não fazer a mínima ideia do que se estava a passar quando esta manifestação de hoje aconteceu a nível europeu... não abona muito a favor do “antenamento” do rapaz...

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