sábado, 29 de junho de 2013

PODE??? - Serviço de Finanças

Ontem fui às Finanças. Cheguei às 11H00, a senha que tirei tinha o número 140 e a pessoa que estava a ser atendida naquele momento era a senha 30 (pode???). O espaço, naquele serviço de finanças bem grande, estava repleto de gente. Eu fui passear, comer, fazer compras, arejar, fumar um cigarro, mas sempre pelas proximidades e com passagens frequentes por lá, para ver qual o número que estava a ser atendido pois nunca se sabe a que velocidade vai decorrer o atendimento, depende da quantidade de funcionários disponíveis, da demora dos assuntos que as pessoas vão tratar, e da quantidade de pessoas que desiste ou que vai arejar longe demais e perde a vez. Pelas 13H30 as senhas já iam no número 125 pelo que decidi ficar lá. E pelas 14H e picos fui finalmente atendida (3 horas de espera, pode???). E, não sei porque raio de coincidência, fui atendida por um funcionário que me sai na rifa 90% das vezes que vou lá. Não tenho nenhuma queixa do homem em relação ao atendimento que me faz, pelo contrário, esclarece-me sempre bem. Mas não sei porque carga de água (enquanto espero vejo-o atender outras pessoas e não o vejo fazer o mesmo), talvez porque ache (e acha bem) pelas questões que eu vou colocar que eu acho que o governo e as leis e as regras são inclassificáveis de tão maus, passa todo o tempo em que estou a ser atendida a bradar, em altíssima voz, contra o governo e a dizer que não tem medo de dizer o que pensa, que não tinha medo nem no tempo da ditadura, e blá, blá, blá, extravasando a revolta que sente (pode???). Independentemente de eu lhe dar toda a razão (as notificações enviadas pelo Ministério das Finanças a praticamente toda a gente que neste país tem, ou teve, um automóvel para irem pagar um imposto que em mais de 50% dos casos nem sequer é devido, mas que é o contribuinte que tem de ir provar que o liquidou (pode???), é só um exemplo recente da incompetência que prejudica os contribuintes e os funcionários dos serviços de finanças), não acho que pôr-se a bradar em alta voz  contra o governo enquanto me atende seja uma maneira correcta de manifestar a sua revolta, mas ele acha que sim e, como já referi, levo quase sempre com ele. E lá lhe vou dando razão, em voz baixa e sem dar muita conversa, pois para escandaleira já basta a gritaria que ele faz.

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